13/10/2014 às 08h27min - Atualizada em 13/10/2014 às 08h27min

Palavras

O falar movimenta energia positiva ou negativa. É semelhante a uma pedra lançada que, independente do seu propósito, não volta atrás. A Bíblia está cheia de admoestações em relação ao uso das palavras. Em Mateus 15.11 lemos que “o que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca”. Devemos, pois, prestar atenção ao que falamos para não nos arrepender devido ao mal que possamos vir a causar.
 
Um exemplo terrível da força negativa da palavra pode ser encontrado no segundo livro de Samuel, em seu capítulo 13. Possuído de desejo por Tamar, Amom segue o conselho de Jonadabe (versículo 5) que, com pouco mais de quarenta palavras, deu causa a uma série de males, a saber: estupro, incesto, repulsa, angústia, sofrimento, ódio, fraticídio, boato, depressão, perseguição, traição, desespero, humilhação, fúria).
 
Nem sempre imaginamos o poder de nossas palavras e o dano que podem causar na vida de outrem. A fofoca causa grandes estragos que quase nunca podem ser reparados com um pedido de desculpas. Sabemos que muitas pessoas reservam grande parte de seu tempo para falar o que não convém (1Tm 5.13). Isso sem mencionar os caluniadores e mentirosos, a quem o Senhor se refere em Salmos 59.12: “Pelo pecado da sua boca e pelas palavras dos seus lábios, fiquem presos na sua soberba, e pelas maldições e pelas mentiras que falam.”

Palavras há, no entanto, que dão esperança, consolam, motivam, estimulam, edificam. Em Habacuque, capítulo 3, versículos17 e 18 está escrito: “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas: todavia, eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” Em Jó 11.18 podemos ler: “E terás confiança, porque haverá esperança; olharás em volta e repousarás seguro.”

Não devemos ser impulsivos; precisamos falar pouco. No capítulo 5 de Eclesiastes, em seu versículo 2, está escrito: “Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; pelo que sejam poucas as tuas palavras.”
 
Também precisamos ser claros ao falar, conforme I Cor 14.8-9, “Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar.”
 
Nossas palavras não devem ser de baixo-calão; precisam se prestar à edificação das pessoas: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Ef 4.29).

Quando se trata de palavras, no entanto, talvez mais importante que dizê-las seja ouvi-las. Em Mateus 7.24 lemos: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha”. E não só devemos ouvir, contudo igualmente as praticar: “Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa” (Lc 6.49).

 
“Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mc 7.16).

 
* Texto escrito com o auxílio de meu esposo, Pr. Missionário André Luiz Aparecido dos Santos.
 
Maria Regina Canhos (e.mail: [email protected]) é escritora.
 
Paz e Luz de Cristo!
MARIA REGINA CANHOS
Escritora e Psicóloga Cristã
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