18/04/2014 às 12h42min - Atualizada em 18/04/2014 às 12h42min
Tudo o tempo todo
Tudo o tempo todo
Maria José Baía Meneghite
A redação do Jornal Leopoldinense recebe com muita frequência exemplares de ótimos livros que fazemos questão de ler e divulgar. Consideramos ser este procedimento uma das maneiras de incentivar nossos leitores a prestigiar esses escritores e por quê não, levá-los a conhecer nossos conterrâneos engajados nesta deliciosa arte de escrever.
Foi assim que no início desta semana tive a grata surpresa de receber um livro de poesias, e, surpresa maior foi constatar que o poeta há muitos anos foi meu vizinho.Nossos quintais faziam divisas e ali,tanto brincávamos como também brigávamos. Não sei se o poeta se lembra porque já se passaram tantos anos. Talvez tenha nascido naquela época, na rua das Flores, naqueles quintais cheios de frutas, nas rixas sobre quem seria o dono da jabuticabeira da divisa e outras mais, a veia poética que só agora aflorou.
‘Tudo o Tempo Todo’ é o nome do livro de Braz Augusto de Oliveira, filho do Sr José Pereira Furtado (Zé da Chiquinha)conhecido motorista de taxi e de D. Aparecida. Seu livro de poesias com primorosa encadernação foi definido por Waldir Albergaria, que o prefaciou, ”um diversificado cardápio de sonhos”.
Concordo plenamente, pois em cada página, você poeta, fala de tudo o tempo todo” e acabou falando também da minha infância principalmente na página 34 em ‘Reminiscências’ quando cita as árvores do quintal, goiabeiras, amoreiras, jabuticabeiras, coqueiro......bateu uma saudade. Saudade inexplicável, como inexplicável é o tempo que nos afasta das pessoas, dos lugares e das coisas que amamos. Parabéns pelo livro.