11/11/2014 às 13h24min - Atualizada em 11/11/2014 às 13h24min

Santidade

Em texto anterior, esclarecia acerca da nossa liberdade em optar pela salvação ou danação eternas; e citei Ezequiel 18.20: “Aquele que pecar é que morrerá. O filho não levará a culpa do pai nem o pai levará a culpa do filho. A justiça do justo lhe será creditada, e a impiedade do ímpio lhe será cobrada.” Pois bem, não é nada fácil ser cristão verdadeiro. A opção pela vida cristã pressupõe a busca da santidade. Na primeira carta de Pedro, em seu capítulo 1, versículos de 14 a 16, está escrito: “Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento; porquanto está escrito: Sereis santos, porque Eu sou santo.”

Deus espera de nós a santidade. É o que lemos em Lv 11.44 a: “Pois eu sou o Senhor, o Deus de vocês; consagrem-se e sejam santos, porque Eu sou santo.” Ser santo é proceder do modo que Ele determina. Disso depende a salvação da nossa alma, pois o Senhor é bem claro em Isaías 35.8: “E ali haverá uma grande estrada, um caminho que será chamado Caminho de Santidade. Os impuros não passarão por ele; servirá apenas aos que são do Caminho; os insensatos não o tomarão.”

Embora muitos resistam em admitir e prossigam errando, nossos pecados nos afastam de Deus, fazendo com que Ele se distancie de nós. No capítulo 59 de Isaías, em seu versículo 2, podemos ler: “Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Devemos, pois, buscar as coisas do alto, conforme encontramos em Colossenses 3.1: “Portanto, se fostes ressuscitados com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” Mais adiante, nos versículo 5, 8 e 9 da mesma carta, Paulo esclarece do que precisamos nos manter afastados: “Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria”; “despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca”; “não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos.”

Certamente não é simples erradicar o mal que existe em nós. Temos uma tendência ao pecado, mas precisamos vigiar para não atrair a ira de Deus (Cl 3.6). Nossas ações pecaminosas são identificadas e descritas também em outras passagens bíblicas, como no capítulo 5 da carta aos Gálatas, em seus versículos 19 a 21: “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno; como já antes vos preveni; que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.” 

Eis aí algumas das coisas que devemos evitar para alcançarmos a salvação. Obviamente não é fácil, mas é possível e desejável tendo como objetivo algo tão valioso. Busquemos a santidade; porém, conscientes de que, por vezes, teremos de trilhar um caminho de poucos; tendo em vista que a maioria das pessoas e igrejas foram absorvidas pelo mundo e se afastaram do Senhor e de seu real propósito. A prática religiosa sem a presença de Deus é inútil. Pensemos nisto com coragem, amor e seriedade.

Maria Regina Canhos (e.mail: [email protected]) é escritora.

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