02/03/2015 às 09h23min - Atualizada em 02/03/2015 às 09h23min

DRÁUZIO VARELLA, O CHATO

O marido de minha irmã caçula é filho de uma prima da Regina Braga, esposa do Dr. Dráuzio Varella, conhecido médico-ator, sempre presente na TV Globo.

De uns tempos para cá têm chegado diversas mensagens diárias do Dráuzio para mim, sempre com a mesma lenga-lenga, oferecendo para me dar, a preços que ele acha módicos, sugestões para preservar ou recuperar minha saúde.

Sempre recuso a oferta, mas na conta telefônica tem aparecido absurdamente a cobrança de taxas referentes a conversas do Dráuzio comigo, conversas que jamais ocorrem. Não atendo e não pretendo atender a ligações dele, mesmo porque não o conheço, mesmo porque nunca lhe forneci o número de meu telefone.

Que coisa, ouvir a chamada, ver que é o Dráuzio, para mim, no caso, um chato, e recusar o atendimento.

Sem que eu consiga identificar de quem é a autoria da sacanagem, fato é que alguém forneceu ao Dr. Dráuzio o número de meu celular, número que pouquíssimas pessoas sabem.

Que coisa, Dráuzio, mandar tantas mensagens para mim, logo para mim, super parcimonioso no uso do telefone, logo para mim de quem familiares e amigos próximos tanto reclamam o estilo telegráfico em todos os telefonemas, feitos ou recebidos.

Dá ímpeto de trocar o número, mas o resultado há de ser decepcionante, como decepcionante é o que resulta da detonação de um endereço eletrônico e da criação de outro.

Um assunto puxa outro.

Basta se informar um novo email para uma única empresa que, quase imediatamente, uma tempestade de mensagens inunda o computador da gente. Que máfia, quanto spam !

Não tenho técnica – se é que ela existe para isto – para fazer meu PC bloquear a chegada de tais mensagens antes de elas nele entrarem.

Resta-me a inócua criação de novo endereço eletrônico, totalmente inócua porque, tal formigas doceiras cujos faros as conduzem a indefesas guloseimas, os spams surgem, invadindo espaços privativos e causando repulsa ! É muito email de firma oferecendo uma gama de mercadorias; é muita gente formada em psicologia oferecendo para fazer análises; é oferta de tudo que é jeito, até para aumentar tamanho de pênis e para ensinar a ganhar na megassena.

E absurdamente é muita notícia dizendo que o político tal fez de A a Z, nada mais deixando para qualquer outro realizar. “Me engana que eu gosto”.

Se no Brasil houvesse o hábito norte-americano de se formarem associações para tudo, e se em Leopoldina, Argirita e Recreio se criasse a Associação Regional dos Anunciantes, com certeza os associados se tornariam uns “chatos” no modo de entender dos editores do catálogo telefônico anualmente distribuído com eficácia a todos os proprietários de telefones fixos locais. Por quê? Porque os dirigentes da Associação, pesquisando, e constatando que o número de insatisfeitos é maioria absoluta, “chateariam” os responsáveis da editora, exigindo letras e números de tamanho maior para permitir uma leitura menos dificultosa dos catálogos editados pela SEDPUBLICIDADE.  

Usufruindo de magistral aula proferida pelo Luiz Otávio, vou pinçar apenas a primeira palavra da parlenda "Duvideodó, macaxeira mocotó, burra velha é sua avó!”.

 

Eu duvideodó que o tamanho das letras nos nomes dos assinantes e nos números de seus telefones não seria aumentado se tal exigência fosse feita para a renovação do contrato de publicidade. Certamente agradeceriam quase comovidos todos os usuários do catálogo que, como eu, não têm olhos de lince nem lupa à disposição em todos os lugares.  

Alguém poderia dizer: “que chatice ficar escrevendo sobre semáforos sem sincronia, Feijão Cru fétido e sujo, lixeiras destruídas, árvores assassinadas por ação ou omissão”. Então, silêncio quanto a tudo isso, pelo menos enquanto o rufar dos tambores, surdos e taróis e as maviosas notas musicais ouvidos durante o Carnaval estiverem ressoando saudosamente em nossos felizes ouvidos.

 

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