23/09/2015 às 10h37min - Atualizada em 23/09/2015 às 10h37min

CRONISTA NOVO

O nascimento do Luquinha mudou a vida de meu fraterno amigo Ormeu de Almeida Vargas, que se esqueceu do Vasco da Gama, do Dé, e passou a somente falar sobre o neto. Falou tanto, tanto, que enjoou, levando-me a lhe dizer “Joinha, você está ridículo”. Ele me jogou “praga” e disse que eu, quando me tornasse avô, também ficaria ridículo. Por isso, depois de escrever duas crônicas em que o Caio (até agora ainda neto único) foi o personagem, decidi fugir do ridículo de ficar escrevendo sobre ele.

É sempre prazeroso, mas às vezes é também desgastante o amador compromisso de preencher meu cantinho na página 2 de nosso Leopoldinense.

Esporadicamente castiga-me a escolha do assunto a ser abordado. Há dias, dialogando com pessoa amiga, ela me disse “repita iradamente que o Fernando Henrique foi quem criou o fator previdenciário”. E de outrem ouvi “não reclame de problemas municipais domésticos, pois ninguém liga para sugestões, por mais bem-intencionadas que sejam”. Para ilustrar matéria ainda não publicada, eu já saí com minha máquina fotográfica para registrar a quantidade absurda do uso indevido da crase em faixas, em placas, em paredes de nossa querida Leopoldina.  Perguntar não ofende e então pergunto: diante da presunção de resultado inócuo, convém escrever que até as pessoas menos atentas devem ter percebido que a “Lei das calçadas” é ignorada até mesmo na principal rua leopoldinense, pois um cadeirante não consegue ir, pela calçada, do Itaú ao Unibanco?   Foi divertido ouvir de um amigo gordinho “escreva sobre os efeitos da dieta da Dilma Rousseff”.

Pois bem, inevitável, hoje, ficar novamente ridículo, pois o Caio tem que ser o destaque da crônica de hoje.

Numa roda familiar, o Caio brincava com papel e caneta, quando eu comentei que estava sem assunto para escrever. Poucos minutos depois, em “surpresa surpreendente”, o Caio (que só tem 4 aninhos) se aproximou e me entregou uma folha de papel e me disse textualmente, em voz alta que todos ouviram: “vovô, ponha isto no  jornal”.

E assim, entre extasiado e perplexo, reproduzo o “escrito” dele:  

Questionado sobre o assunto por ele “escrito”, meu anjinho ficou silente, mas sorriu feliz quando eu, sendo mais uma vez “ridículo”, lhe perguntei se era uma cartinha de boas-vindas para o priminho Bruno, filho da tia Débora e do tio Maurício, cuja chegada, para alegria dos Freitas, dos Sarmentos, dos Policianos e dos Vieiras, está ansiosa e festivamente esperada para a segunda quinzena de setembro, isto é,  para já já.

Então, bem-vindo Bruno!

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