18/09/2016 às 18h32min - Atualizada em 18/09/2016 às 18h32min

Eleição majoritária e eleição proporcional !?

Regras do jogo eleitoral!?

Paulo Lucio – Carteirinho

Estamos nos aproximando do dia da votação. Vale destacar que são duas eleições: eleição para prefeito e eleição para vereador. Eleições com regras diferentes. É bom o (e) leitor entender um pouco mais sobre as regras do jogo eleitoral, antes de confirmar seu voto.

A eleição para prefeito é majoritária. A palavra majoritária deriva da palavra maior. Ou seja, é eleito o candidato que obtiver maior quantidade de votos. Já a eleição para vereador é proporcional. No sistema proporcional se aplica o cálculo do quociente eleitoral, que define a quantidade de vagas que cada partido /coligação terão direito.

Não é minha intenção entrar em detalhes de como funciona o cálculo do quociente eleitoral. Pois é algo muito complexo e difícil de explicar. Quem quiser saber como funciona, sugiro que assista ao vídeo que está disponível no final desse texto. 

Deixando de lado o cálculo do quociente eleitoral, gostaria de explicar porque se aplica a eleição proporcional. Sei que muitos não concordam com esse modelo. Acham injusto. Tendo em vista que nem sempre os candidatos mais votados (exemplo 1000 votos) são eleitos, enquanto candidatos com bem menos votos (exemplo 300 votos) são eleitos.

A eleição proporcional pode ser injusta com o candidato, mas é justa com o coletivo. Afinal, leva em conta o somatório dos votos obtidos pela legenda. Sendo assim, obriga os candidatos e os partidos a trabalharem em equipe. Quanto mais candidatos e votos, mais chance de conseguirem mais vagas na Câmara. Envolve mais pessoas.

Se a eleição de vereador fosse majoritária, sendo eleitos os mais votados, seria uma política individualista. Teríamos menos pessoas participando da política. A política giraria em torno de meia dúzia de pessoas. Os candidatos não precisariam do somatório de seus colegas de partidos para se elegerem. Basta os votos deles próprios para serem eleitos. Seria a política do “Eu sozinho”.

Vale destacar que política vem do grego πολιτικός / politikos, que significa relacionar a grupos que integram a Polis (cidade) . É a ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. A arte de dialogar.

A eleição proporcional incentiva à organização partidária e o relacionamento entre os candidatos. Envolve mais pessoas. Permite uma democracia mais ampla. Com mais representatividade e diversidade. Os números falam por si. Das quinze vagas na Câmara de Leopoldina, temos a presença de onze partidos. Ou seja, onze forças políticas. Onze grupos políticos. Se fosse uma eleição majoritária, teríamos uma quantidade bem menor. Corríamos o risco de apenas um grupo dominante. Como era no passado, onde imperava o coronelismo, autoritarismo e a ditadura.

Agora que conhecem mais sobre as regras do jogo eleitoral, pensem bem antes de votar. Afinal, seu voto não vai apenas para o candidato que você está votando. Entra no somatório do cálculo do quociente eleitoral, ajudando a eleger outros candidatos. Analise quem está fazendo parte do grupo do candidato que você vai votar. Não votem em pessoas, votem em projetos e propostas.


 
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