17/01/2017 às 14h07min - Atualizada em 17/01/2017 às 14h07min

Educação que estimula a exteriorização da força vital

Masaharu Taniguchi
Um dos pontos importantes na prática da "educação que estimula a exteriorização da força vital" é não se apegar a teorias convencionais sobre a preservação da saúde, comumente aceitas. Não devemos ter ideias fixas tais como    "O ser humano adulto necessita de oito horas de sono para se recuperar do cansaço". "A criança não se desenvolverá bem se não dormir pelo menos dez    horas 
todas as noites", etc. Tampouco devemos nos referir aos estudos como  algo cansativo e penoso.
 
Na verdade, estudar não é uma atividade penosa, mas sim um agradável exercício mental que faz a Vida se desenvolver. Porém, geralmente os próprios pais pensam que estudar é penoso, e que as diversões são muito mais agradáveis. Por isso, mesmo quando tentam incentivar o filho a estudar, fazem-no com palavras tais como "Sei que é duro, mas você precisa estudar para passar nos exames", em vez de se referirem aos estudos como algo agradável.
 
Os pais que pensam assim ficam com pena do filho quando o veem estudando muito. Essa atitude mental dos pais acaba influindo no filho, levando-o a pensar, também, que "estudar é penoso". É claro  que os pais não dizem: "Filho, não quero que você estude, pois sei que estudar é maçante e cansativo". Pelo contrário, geralmente insistem para que o filho estude. Porém, no fundo, eles têm pena de fazê-lo estudar tanto, receando que isso acabe lhe prejudicando a saúde. Essa atitude mental se revela num gesto ou numa palavra e é captada pela criança.
 
Havendo na mente dos pais ou professores a ideia de que estudar é cansativo e penoso, a criança capta essa ideia e passa a pensar do mesmo modo. Então, quando os pais a mandarem estudar, ela o fará com má vontade, sem nenhum interesse e,consequentemente, não terá bom rendimento nos estudos. Os pais e professores devem orientar a criança no sentido de cultivar a ideia de que "estudar é uma atividade mental agradável que desenvolve a Vida (força vital)". Assim, a criança não só conseguirá ótimo aproveitamento escolar, como também terá boa saúde, pois estudará com interesse entusiasmo, e isso ativará a sua circulação sanguínea e fará com que sua mente assimile facilmente as matérias estudadas.
     
Muitas das crianças em idade escolar que tinham problemas de saúde e foram trazidas a mim para que eu as orientasse ficaram completamente curadas quando, a meu conselho, passaram a estudar com afinco sem se deixar abater pela doença. Citarei como exemplo um menino, estudante da 6ª série do primeiro grau, que convalescia de uma pleurite e estava muito magro e debilitado. Eu disse a ele e à sua mãe: "Não pensem que estudar bastante faz mal à saúde. Pelo contrário, os estudos são um tônico que revigora a mente e o organismo". Disse-o com muita firmeza, e eles acreditaram sinceramente em mim. Desse dia em diante, o menino, sempre que se dispunha a estudar, dizia à mãe: "Vou tomar  o meu ' tônico' agora". E ela respondia: "Isso mesmo, vá tomar o seu 'tônico', filho,
que lhe fará muito bem". Frequentemente a mãe dizia ao filho: "Lembre-se do que o prof. Taniguchi disse. Estudar é bom, pois revigora a mente; e, revigorando  a mente, o organismo também se torna saudável.Quanto mais a pessoa estuda, mais vigor ela tem". O menino, que antes estava tão magro e debilitado, recuperou-se em pouco tempo. Depois disso, passou a se sentir tão disposto que, mes-
mo quando estudava até altas horas da noite, não sentia nenhum cansaço, e engordou cerca de dez quilos. Além disso, passou a ter um ótimo aproveitamento escolar e, no final do ano, não teve nenhuma dificuldade para passar nos exames.
 
      Casos como esse provam que os estudos em si, mesmo sendo intensivos, não causam nem esgotamento nem doença. O que os causa são ideias tais como "O estudo intensivo provoca esgotamento", "Se não dormir oito horas por dia ficarei com a saúde prejudicada", etc. Quando temos a convicção de que "Os estudos são um tônico que revigora o ser humano" e exprimimos essa convicção com palavras firmes, realmente os estudos agem como tônico e promovem a sa-
úde, conforme aconteceu com o referido menino. A força do pensamento e a força da palavra, dependendo do modo como são empregadas, podem fazer com que os estudos ajam como "veneno" ou como "tônico".
 
Masaharu Taniguchi
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