13/06/2017 às 17h35min - Atualizada em 13/06/2017 às 17h35min

Jorge Cego

Luciano Baía Meneghite
Caricatura - Luciano Baía Meneghite - Luc
Jorge dos Santos, o  popular "Jorge Cego" , também chamado de  "Jacaré", "Boca", "Clocaca" e "Pedra". Este último apelido por ele próprio assim se referir a muitos amigos e conhecidos que considera “malas”. Cego desde os dois anos de idade após uma queda, Jorge desde pequeno acompanhava sua mãe Dona Fia ao Clube dos Cutubas onde ela cozinhava. Assim como grande parte da família, se tornou carnavalesco, desfilando pelo Cutubas e pelo Pirineus, sua origem.  Nesse ambiente musical, pegou gosto pela percussão, se tornando um dos mais requisitados músicos de Leopoldina. Jorge Participou de diversos grupos musicais, entre eles o “Pirineus Samba Show” e "Ases do Samba".

Sempre chamou a atenção o fato de andar grande parte da cidade sem ajuda e de só há poucos anos ter passado a usar bengala, após uma queda e lesão no joelho.  Outra característica marcante é o bom humor. Sua gargalhada é inconfundível.

No final da década de 1970, junto com seu primo Zezé, Jorge foi peça fundamental no ressurgimento da Sociedade Recreativa Carnavalesca Unidos dos Pirineus e posterior transformação do bloco na maior escola de samba da região.

Em 2009 foi homenageado no enredo do Pirineus “Leopoldina, Sua Gente, Sua Música” de minha autoria, baseado no livro de Albino Montes, com samba de Ricardo Ribeiro. No carnaval de 2017 o homenageamos novamente com um boneco gigante no bloco caricato “Bão Igual Bosta”.

Jorge também é polêmico, e sempre marca presença na política, seja como cabo eleitoral ou soltando a língua contra o que considera errado. É um grande crítico da falta de apoio à cultura na cidade.

  Hoje, aos 66 anos, Jorge mora sozinho, mas nunca está sozinho. Ainda está ativo, se apresentando e chamando a atenção até de artistas de renome nacional.  


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