24/06/2017 às 16h22min - Atualizada em 24/06/2017 às 16h22min

Leopoldina recebe nova médica cubana nesta segunda-feira, 26 de junho

A Dra Yanet Cacer Pupo vai substituir a médica Lázara Milagros Velasco Gomes, no PSF do bairro Três Cruzes, que retornou a Cuba após três anos em Leopoldina.

Luiz Otávio Meneghite
Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins
Nesta segunda-feira (26/6), 54 médicos cubanos desembarcam em Belo Horizonte para compor o Programa Mais Médicos, em Minas Gerais. A chegada está prevista para as 8h45, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins.

Um desses profissionais já está designado para Leopoldina onde atuará no PSF do bairro Três Cruzes. Trata-se da Dra Yanet Cacer Pupo. Ela vai substituir a médica Lázara Milagros Velasco Gomes, que recentemente retornou a Cuba após três anos em Leopoldina, prazo previsto no acordo firmado entre Cuba e o Brasil.

Ao longo da semana, outros 22 profissionais chegarão ao estado para compor o Programa, que levou médicos para municípios onde havia escassez ou ausência de médicos, além de integrá-los às equipes que não tinham atendimento regular.

O Programa Mais Médicos foi criado para diminuir a carência de médicos nas regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS) e, assim, reduzir as desigualdades regionais na área da saúde.

A Secretária Municipal de Saúde, Lúcia Helena Fernandes da Gama, confirmou ao jornal Leopoldinense a informação obtida pela reportagem junto ao Programa Mais Médicos e já destacou um funcionário para recepcionar a nova médica no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins conduzindo-a para Leopoldina onde durante a semana conhecerá seu novo local de trabalho.

Os médicos cubanos em Leopoldina

A chegada dos primeiros cubanos a Leopoldina ocorreu em 22 de abril de 2014. Junto com Lázara vieram os médicos Marlene Muniz Tamaio e Oleski Savala, que estão lotados em unidades básicas de saúde do Programa Saúde da Família. O jornal Leopoldinense apurou que todos já participaram de outras missões voluntárias em países como Venezuela e Angola. Em Leopoldina, os médicos cubanos não ocupam lugares de médicos brasileiros e suprem vagas onde se tinha encontrado dificuldade de permanência de profissionais locais.

Segundo a Secretária Municipal de Saúde de Leopoldina, Lúcia Helena Fernandes da Gama, o médico Oleski Savala ainda não tem data certa para deixar Leopoldina. A Secretária não mencionou a médica Marlene Muniz Tamaio, mas o jornal Leopoldinense apurou que ela deve permanecer no Brasil uma vez que teria contraído matrimônio com um brasileiro em Leopoldina.

Cubanos no Mais Médicos

Quando o Mais Médicos foi lançado, em 2013, a maciça presença de médicos cubanos foi duramente criticada pelas entidades médicas brasileiras. Um dos motivos foi o fato de estes profissionais não terem registro nos conselhos regionais de medicina do Brasil. Além disso, os vencimentos deles são pagos ao governo cubano, que repassa ao profissional um valor menor do que o recebido por outros participantes do programa.

Porém, apesar de os editais do programa sempre priorizarem a contratação de brasileiros, a maior parte das vagas, muitas localizadas em áreas carentes e de difícil acesso, não atraía o interesse de profissionais brasileiros. Desde 2015, o governo tem apostado em novas estratégias para que os brasileiros participem do Mais Médicos.

Em janeiro deste ano, pela primeira vez, além da reposição de rotina, foram disponibilizadas vagas antes ocupadas por profissionais cubanos, que vieram ao Brasil por uma cooperação intermediada pela Opas. Segundo balanço do início deste ano, das 18.240 vagas do programa, 62,6% são ocupadas por cooperados cubanos, 29% por brasileiros formados no Brasil e 8,4% estrangeiros e brasileiros formados no exterior.

A meta do governo federal é substituir 4 mil médicos cooperados por brasileiros em três anos e, assim, reduzir de 11,4 mil para 7,4 mil participantes cubanos. A expectativa é chegar a 7,8 mil brasileiros no Mais Médicos, representando mais de 40% do total de profissionais.

Os médicos cubanos em Leopoldina

Na ocasião da chegada dos médicos cubanos a Leopoldina no dia 22 de abril de 2014, a secretária Lúcia Gama contou ao jornal Leopoldinense que, o que ouviu dos três médicos durante a viagem para Leopoldina, a deixou entusiasmada. “É tudo o que sonhei para o Programa Saúde da Família em Leopoldina. Acredito, disse Lúcia, que a maior parte dos nossos problemas no setor serão resolvidos com esses profissionais

Na mesma ocasião, o Prefeito José Roberto também falou da chegada dos médicos cubanos: “É com grande satisfação que recebemos os três médicos, dentro do programa do Governo Federal e vamos dar toda assistência necessária, para o bom desempenho destes profissionais, priorizando cada vez mais, uma saúde melhor para os leopoldinenses”, finalizou.

O jornal Leopoldinense apurou que em todas as Unidades Básicas de Saúde de Leopoldina atendidas pelos médicos cubanos, o resultado é satisfatório e aprovado pelas comunidades onde eles atuam e é grande a expectativa sobre a substituição desses profissionais.

Fontes: Ministério da Saúde, Arquivo do jornal Leopoldinense e Programa Mais Médicos


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