09/06/2015 às 14h36min - Atualizada em 09/06/2015 às 14h36min

Zé Américo

Por Luciano Baía Meneghite e Luiz Otávio Meneghite

José Américo Barcellos nasceu em Dom Silvério-MG em 10 de junho de 1932, filho de Luiz Torres de Barcellos e Lygia Domingues Barcellos. Veio com a família para Leopoldina com 1 ano de idade. Em 1959, casou-se com Wanda Bella Barcellos, nascendo dessa união o filho Helder.

Formado em odontologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora, foi funcionário do SESI na área odontológica e como centralizador burocrático de todos seus segmentos por 25 anos. Graduou-se em Ciências, Física e Biologia pela Faculdade de Filosofia Santa Marcelina de Muriaé. Professor no Programa de Saúde – Anatomia e Escultura Dental, pela Universidade do Trabalho, de Belo Horizonte.

Em 1968 ingressou na carreira do magistério, lecionando Ciências Físicas e Biológicas na Escola Estadual Professor Botelho Reis, o “Ginásio”, onde foi vice-diretor. Trabalhou também no antigo Ginásio Espírito Santo. Em 1969, montou um Curso gratuito preparatório para exames vestibulares que funcionava aos finais de semana em sua casa. Em 1978 ingressou por concurso na Secretaria Estadual de Saúde como cirurgião dentista na Policlínica Irineu Lisboa. Também prestou serviços odontológicos à SAMSA – Sociedade de Assistência Médica e Social de Argirita. Em 1977, idealizou e confeccionou um aparelho de Física- Paradoxo Gravitacional para uma feira estadual de ciências conseguindo vários prêmios, sendo motivo de reportagem na TV Itacolomi e de elogios de engenheiros da Petrobras.

O RÁDIO NA VIDA DE ZÉ AMÉRICO

Começou sua carreira na Rádio Sociedade Leopoldina na década de 1950 como narrador esportivo. Ficou afastado do microfone por alguns anos voltando triunfalmente ao ar pela Rádio Cataguases AM em 1977, participando do programa “A marca do Pênalti”. Com o programa “Esportes com Zé Américo” atingiu seu apogeu. Realizou 381 transmissões esportivas, sendo sucesso em toda região. De volta ao rádio leopoldinense, assumiu a gerência da Rádio Jornal e organizou com a equipe da rádio 62 transmissões esportivas, tanto regionais como no Maracanã e interior de São Paulo. Apresentou programas jornalísticos como “Flagrantes”, “Detalhes”, “Ponto Crítico” entre outros. Zé Américo foi detentor de uma das maiores audiências com os programa “Fio da Navalha” e por último “Roda Viva” apresentado nas manhãs de sábado na Rádio Jornal e na 104,3 FM. Em seus programas, abordava os mais diferentes assuntos, desde biologia,física, astronomia, política até causos populares. Tudo sempre transmitido de improviso, de forma inteligente, bem humorada e didática. Era por vezes polêmico, mas também doce. Colaborou com os jornais “Nova Fase”, “Gazeta de Leopoldina” “Folha de Leopoldina” “Ilustração” e “LEOPOLDINENSE”. No início do primeiro governo Márcio Freire ( 1989 – 1992 ) foi Assessor de Imprensa da Prefeitura, sendo substituído pelo editor do jornal oficial “Equipe”seu ex-aluno Luiz Otávio Meneghite.

Uma das maiores mágoas de Zé Américo foi ter sido demitido da 104FM por telefone, enquanto viajava ao interior de São Paulo para rever parentes e se consolar com eles pelo falecimento de sua esposa, Wanda Bella Barcelos. Sempre ativo e criativo, Zé Américo dizia: “Nunca deixei que crescesse capim em torno de mim.” Nos últimos momentos no rádio, participou como convidado do jornal Leopoldinense no Ar, na Rádio Jornal. Internado no início do mês de setembro de 2011 no CTI da Casa de Caridade Leopoldinense, faleceu na tarde de segunda-feira, dia 05 do mesmo mês e ano.


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