04/07/2015 às 11h59min - Atualizada em 04/07/2015 às 11h59min

Leopoldina terá palestra em praça pública sobre câncer de boca

Evento tem o patrocínio da Secretaria Municipal de Saúde e do Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais.

Dr. Luciano Eloi Santos, presidente do Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais – CROMG.

A convite da Secretaria Municipal de Saúde, o presidente do Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais – CROMG – Dr. Luciano Eloi Santos, estará em Leopoldina na próxima sexta-feira, 10 de julho, onde vai realizar um importante trabalho de conscientização sobre prevenção do câncer de boca, em parceria com a Coordenação de Saúde Bucal de Leopoldina, chefiada pelo cirurgião-dentista Dr. Márcio Alvim Barbosa.

No período da manhã, profissionais de odontologia: cirurgiões-dentistas, auxiliares e técnicos em saúde bucal e em prótese dentária, estarão participando de uma palestra com o tema: ‘Câncer bucal diagnóstico diferencial e aspectos clínicos’. A palestra irá fornecer informações para os profissionais sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de boca.

Na parte da tarde, de 12:00 às 13:00, cirurgiões-dentistas e equipe estarão na Praça Félix Martins distribuindo para a população, cartilhas com orientações sobre prevenção do câncer de boca e como fazer autoexame da boca. Além das informações, serão distribuídos kits de higiene bucal.

A organização do evento alerta que é importante a participação de pessoas acima de 40 anos que bebem bebida alcoólica e que fumam.

O que é o câncer de boca

O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra.

Fatores de Risco

Os fatores que podem levar ao câncer de boca são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas.

Sintomas

O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.

Prevenção e Diagnóstico Precoce

Pessoas com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas. Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.

Exame Clínico da Boca

O exame rotineiro da boca feito por um profissional de saúde pode diagnosticar lesões no início, antes de se transformarem em câncer. Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem devem estar mais atentas e ter sua boca examinada por profissional de saúde (dentista ou médico) pelo menos uma vez ao ano.

Tratamento

A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos).

As lesões iniciais são aquelas restritas ao seu local de origem e que não apresentam disseminação para gânglios linfáticos do pescoço ou para órgãos à distância. Mesmo lesões iniciais da cavidade oral, principalmente aquelas localizadas na língua e/ou assoalho de boca, podem apresentar disseminação subclínica para os gânglios linfáticos cervicais em 10% a 20% dos casos. Portanto, nestes casos, pode ser indicado o tratamento cirúrgico ou radioterápico eletivo do pescoço.

Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia. Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos 'gânglios'), é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido. Nestes casos, o prognóstico é afetado negativamente.

A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, que permitiu largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, ainda são grandes e o prognóstico dos casos, intermediário. A quimioterapia associada à radioterapia é empregada nos casos mais avançados, quando a cirurgia não é possível. O prognóstico, nestes casos, é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.

Fontes de informação: Secretaria Municipal de Saúde de Leopoldina, Conselho Regional de Saúde de Minas Gerais e Instituto Nacional do Câncer.


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