02/08/2015 às 19h34min - Atualizada em 02/08/2015 às 19h34min

Samu e Corpo de Bombeiros em Leopoldina, uma grande evolução na rede de urgência e emergência

João Gabriel Baia Meneghite

A vinda do SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e do Pelotão do Corpo de Bombeiros para a cidade de Leopoldina vem atender uma carência de muitos anos da Zona da Mata do estado de Minas Gerais, principalmente em nossa cidade, que desfruta de um posicionamento estratégico do sudeste brasileiro, cortada por uma das rodovias mais importantes do país, a BR116.

Localizada numa região montanhosa, com muitas curvas, a cidade de Leopoldina e os municípios vizinhos atendem uma intensa demanda de vítimas de acidentes automobilísticos, em maioria resultante de imprudências de motoristas, entre outros fatores.

Num passado recente, a precariedade da remoção das vítimas acidentadas era assustadora: veículos sucateados, falta de treinamento e equipamentos dos socorristas, entre tantos outros fatores que um especialista no assunto pode apontar com maior propriedade.

Tive a oportunidade de ouvir vítimas e seus familiares que hoje se lembram de situações dramáticas no atendimento de urgência e emergência no município de Leopoldina. Há relatos de pessoas que sofreram traumas na coluna e em virtude de um atendimento precário no momento da remoção de dentro do veículo, ficaram paraplégicas.

Como fotógrafo do jornal Leopoldinense, presenciei muitos atendimentos a acidentes nas rodovias e vi de perto a precariedade do socorro. Quando tinha acidentes de grandes proporções, dependíamos de suporte de outras cidades como Muriaé, Ubá, Juiz de Fora, entre outras.

O deslocamento demorava e tempo é VIDA!

Há alguns anos atrás a Associação Médica de Leopoldina por intermédio do médico Delano Carlos Carneiro, trouxe à Leopoldina um curso de ATLS - Advanced Trauma Life Support, que se resume em suporte de vida avançado ao trauma. Naquela ocasião, veio de Belo Horizonte uma equipe do hospital João XXIII, considerado referência e excelência no atendimento a pacientes vítimas de politraumatismos.

Responsável pela cobertura jornalística daquele evento tive o prazer de presenciar simulações a atendimentos com médicos especialistas e atores que demonstravam a importância do pronto atendimento. Até mesmo uma investigação minuciosa de um veículo com volante retorcido, por exemplo, era considerada para um diagnóstico mais rápido de um trauma.

Ao participar desse curso promovido pela Associação Médica, lembrei-me dos momentos em que presenciei atendimentos a acidentes. Naquela época lamentei profundamente constatar que a nossa cidade era deficitária neste aspecto. Atualmente, com a presença do SAMU, e mais recentemente com a vinda do pelotão de corpo de bombeiros, tenho a sensação de segurança.

Só para vocês leitores terem uma noção de quanto evoluímos na rapidez e eficiência do socorro a vítimas acidentadas, hoje em dia, é difícil registrar uma fotografia com propósito jornalístico de um atendimento a um acidente, exceto quando há um contato estreito com a polícia e/ou uma parceria com os leitores que informam instantaneamente a ocorrência de um acidente. Isso é devido ao fato de termos uma rapidez e eficiência na remoção das vítimas.

A eficiência dos profissionais do SAMU de Leopoldina está ajudando a salvar vidas!

Tivemos sem sombra de dúvidas uma grande evolução neste setor. Agora ainda mais com a vinda do Corpo de Bombeiros.  


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