28/10/2015 às 09h02min - Atualizada em 28/10/2015 às 09h02min

Maioria dos leitores não aprova greve em bancos e no serviço público

Luiz Otávio Meneghite

Quase a totalidade das enquetes disponibilizadas pelo Jornal Leopoldinense Online, são sugeridas pelos nossos leitores através de contatos telefônicos, pessoais ou por e-mail. A que questionou se a greve em serviços públicos e bancos tem a aprovação dos leitores ficou disponível para votação de 17 a 24 de outubro, em plena greve dos bancários que chegou ao seu final com a maioria das reivindicações da categoria atendidas.

Os bancos, em sua maioria, vêm gradativamente diminuindo o número de funcionários, que estão sendo substituídos por máquinas, caixas eletrônicos e internet. A velocidade em que isto acontece é assustadora e chegará um dia que trabalharão nas agências bancárias apenas os funcionários encarregados de abastecer de dinheiro os caixas eletrônicos e outros serviços internos que não exige contato com o público. Este, por sua vez, vem cada vez mais utilizando cartões magnéticos e movimentação bancária online. Os donos dos bancos estão cada vez mais ricos.

Já os servidores públicos eram proibidos de promoverem greve até o ano de 2007, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a Lei de Greve do setor privado seria aplicada ao setor público, naquilo que coubesse, enquanto o Legislativo não normatizasse a matéria. A Constituição Federal garantiu o direito de greve ao servidor público, que até então era considerado um delito penal.

Em geral, o direito de greve é acionado quando patrão deixa de cumprir suas obrigações com o empregado. Durante a greve faz-se a interrupção do trabalho, em caráter temporário, até que as reivindicações sejam atendidas. Nem sempre se conquista o que é pleiteado.

Quando a greve é feita numa fábrica,  por exemplo, a perda da sociedade como um todo é pequena e o conflito fica limitado entre as partes patrão e empregado. Mas, quando a greve envolve serviços dos quais o público precisa, a coisa é diferente. Quem perde é o contribuinte, aquele que paga impostos, o verdadeiro patrão.

Fechar agências bancárias e repartições públicas onde os funcionários são pagos para prestar bons serviços ao público que paga impostos, taxas e tarifas sem perguntar a este mesmo público se ele aprova ou não, é temerário, pois pode amealhar antipatias para as respectivas categorias.

A enquete cujo resultado é mostrado no infográfico de João Gabriel Baia Meneghite, foi sugerida pelos nossos leitores, dos quais 118  responderam à questão em tela. É bom que reflitam sobre os números.

 


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