29/01/2016 às 08h17min - Atualizada em 29/01/2016 às 08h17min

Declarada a existência de situação anormal decorrente da proliferação da Dengue em Leopoldina

Prefeitos da região se reuniram em Leopoldina para discutir o avanço da dengue na região

Luiz Otávio Meneghite
O prefeito José Roberto assinou decreto declarando situação de emergência em Leopoldina
O prefeito José Roberto de Oliveira assinou nesta quinta-feira, 28 de janeiro, decreto declarando situação de emergência no município de Leopoldina considerando que as condições climáticas verificadas no período propiciam as condições ideais para proliferação do mosquito transmissor da dengue.

O ato oficial levou em conta  relatório da Secretaria Municipal de Saúde, ratificado por declaração da Gerência Regional de Saúde de Leopoldina, de que o Município de Leopoldina se encontra em período epidêmico.

De acordo com o documento publicado na edição desta sexta-feira, 29 de janeiro, na edição nº 1675, do Diário Oficial dos Municípios Mineiros, concorrem para a situação anormal o risco iminente de transmissão da Febre Ginkungunya e do Zika, cujos vírus são igualmente transmitidos pelo mosquito Aedes Aegyti.

O ato do prefeito autoriza a Secretaria Municipal de Saúde e os demais órgãos da Administração Pública Municipal, no âmbito de suas atribuições, a adotarem todas as medidas que se fizerem necessárias ao restabelecimento da situação de normalidade com a aplicação do Plano Emergencial de Combate à Dengue, elaborado pelos setores técnicos do Ministério da Saúde e  pelas Secretarias Estadual e Municipal de Saúde.

Prefeitos da região se reuniram em Leopoldina para discutir o avanço da dengue
João Gabriel Baia Meneghite

Os prefeitos dos municípios pertencentes à Gerência Regional de Saúde de Leopoldina, se reuniram nesta sexta-feira, 29 de janeiro, na sede da GRS para discutir sobre o avanço da dengue na região.  
Uma equipe da Secretaria de Estado da Saúde veio de Belo Horizonte para tratar do assunto com o gerente regional de Saúde, o médico Pedro César Martins e com os gestores municipais das quinze cidades pertencentes à GRS/Leopoldina, responsável por uma população 231.102 habitantes.

Na semana passada, o Ministro da Saúde,  Marcelo Castro, participou de uma reunião com 140 gestores municipais e falou da importância de uma mobilização nacional. “Não é um problema só dos governos federal, estadual e municipal. É um problema da sociedade. Precisamos mobilizar toda população para combater essa situação. Se cada um fizer a sua parte, juntos podemos eliminar o Aedes Aegypti e garantir a sua eliminação”, ressaltou o ministro Marcelo Castro. 

O governo federal mobilizou 19 ministérios e outros órgãos federais para atuar conjuntamente neste enfrentamento, além da participação dos governos estaduais e municipais. Com isso, as visitas a residências para eliminação e controle do vetor ganharam o reforço das Forças Armadas e de mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além dos cerca de 44 mil agentes de endemias que já atuavam regularmente nessas atividades. A orientação é para que esse grupo atue, inclusive, na organização de mutirões de combate ao mosquito em suas regiões.

RECURSOS – Os repasses de recursos do Ministério da Saúde para o combate ao mosquito têm se mantido crescentes ao longo dos anos. Somente no ano de 2015, foi liberado R$ 1,25 bilhão.  Em 2011, este montante era de R$ 970,4 mil, o que representa um aumento de 28,8% nos recursos nos últimos cinco anos. O Ministério da Saúde também investiu, no ano de 2015, R$ 23 milhões na aquisição de inseticidas e larvicidas. Além das ações de apoio a estados e municípios, o Ministério da Saúde realiza a aquisição de insumos estratégicos e kits de diagnósticos, para auxiliar os gestores locais no combate ao mosquito. No dia 15 de janeiro, a Presidenta, Dilma Rousseff sancionou o repasse de R$ 1,27 bilhão para o desenvolvimento das ações de vigilância em saúde, incluindo o combate ao mosquito Aedes Aegypti, em 2016.
 
MICROCEFALIA - Até o dia 20 de janeiro, foram registrados 3.893 casos suspeitos de microcefalia relacionada com algum agente infeccioso causador de malformação congênita. Estão entre os agentes infecciosos causadores da malformação: Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes Viral e vírus Zika. Os casos suspeitos da doença em recém-nascidos são computados desde o início das investigações (em 22 de outubro de 2015) até 16 de janeiro deste ano e ocorreram em 764 municípios de 21 unidades da federação.

Fonte: Diário Oficial dos Municípios Mineiros


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