19/10/2017 às 10h12min - Atualizada em 19/10/2017 às 10h12min

86 - Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda: descendentes do segundo casamento – Parte II

Personagens Leopoldinenses

Luja Machado e Nilza Cantoni
Para encerrar a família de Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda, o Trem de História se ocupa hoje dos quatro filhos restantes.
f) HELIODORA PINHEIRO CORRÊA DE LACERDA nasceu a 07.01.1858 em Leopoldina. Algumas publicações informam erradamente que Heliodora seria filha de Francisco Pinheiro Corrêa de Lacerda, irmão de seu pai que faleceu cerca de dezesseis anos antes do nascimento da sobrinha. Pesquisa no livro de batismo, no entanto, deixa clara a paternidade de Heliodora, ao informar que era filha do casamento de Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda com Maria de Nazareth Pereira.
Heliodora se casou com Felix Martins Ferreira, que dá nome à praça principal de Leopoldina, filho de Joaquim Martins Ferreira e Maria Esméria de Carvalho Leite, nascido por volta de 1852 em Providência, Leopoldina e falecido em data próxima a fevereiro 1901, em Conselheiro Lafaiete (MG). Félix Martins foi proprietário da fazenda Araribá, na divisa de Leopoldina com Angustura, delegado de polícia, vereador na cidade e acionista do Banco de Leopoldina. Eles tiveram seis filhos: Rafael Felix, Jorge Martins, Maria Magdalena Martins, Georgina Martins, Joaquim Martins e Lafayette Martins.
Sobre esta família o Trem de História trouxe informações quando, em sete artigos publicados no Leopoldinense entre dezembro de 2016 e março de 2017, falou sobre o escritor modernista leopoldinense, Francisco MARTINS DE ALMEIDA, um dos netos de Heliodora e Félix Martins.
g) SOFIA CÂNDIDA DE LACERDA nasceu a 09.05.1860 em Leopoldina. Casou-se com João Caetano Almeida Gama, filho de Joaquim Antonio de Almeida e Gama e Maria Josefina Cândida de Jesus. Eles tiveram oito filhos: Américo de Lacerda Gama (1877); Otávio (1878); Adalgisa (1880); Raul (1883 – 1903); Vasco da Gama (1884 - 1885); Maria (1886 - 1887); Vasco (1888); João (1889 – 1891). Esta família foi abordada em artigo do Trem de História publicado em 16 de junho de 2016.
h) LUIZ ANTONIO CORRÊA DE LACERDA nasceu a 12.04.1863 em Leopoldina, onde era eleitor em 1892 e fundou o Centro Espírita Beneficiente em 1904. Assim como seus irmãos, Luiz Antonio também estudou no Colégio Caraça. Foi professor de português e latim do Ginásio Leopoldinense. Em 1886 foi citado entre os proprietários rurais e de escravos em Leopoldina. Casou-se com Isabel Maria de Lacerda Werneck, filha de Luiz Boaventura Peixoto de Lacerda Werneck e Isabel Augusta de Lacerda Werneck, sendo neta paterna do Barão do Pati de Alferes Francisco Peixoto de Lacerda Werneck. Isabel nasceu na Suíça, na época em que seu pai era Consul Brasileiro naquele país. Luiz Antonio e Isabel tiveram nove filhos nascidos em Leopoldina: Izabel (1885 - 1887); Maria Francisca (1887); Mario Vito (1889); Pedro das Chagas (1891); Paulo (1894); Luis Pio (1897); Romão (1900); Maria Nazareth (1902 – 1909); e, Maria da Glória Werneck (1904 – 1909).
O sétimo filho do casal chamou-se Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda em homenagem ao avô paterno. Casou-se com Maria José de Lacerda Werneck, filha de José Ignacio de Lacerda Werneck e Sophia Selma Güenter. José Ignacio era natural de Pati do Alferes e se casou em Leopoldina em 1893. Em 1896 ele inaugurou “à rua do Tiradentes um novo estabelecimento de fazendas, armarinho roupas feitas e calçados”, conforme noticiou o jornal O Mediador de 6 de setembro daquele ano.
Romão Neto e Maria José tiveram, pelo menos, quatro filhos: Selma Izabel, José Luiz, Maria Aparecida e Paulo Antônio Werneck de Lacerda.
Conclui-se, aqui, o relato sobre filhos e netos de Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda que, conforme registrado no texto nr 82 que iniciou esta série, era filho de Ana e Álvaro Pinheiro Corrêa de Lacerda. Sua mãe faleceu antes de fevereiro de 1797, quando seu pai se casou pela segunda vez com Ângela Maria do Livramento. Mas Álvaro morreu pouco mais de cinco anos depois e, ao que tudo indica, Ângela ficou como tutora de todos os filhos dele, transferindo-se para o Feijão Cru por volta de 1931, na companhia de Romão.
A próxima viagem do Trem de História abordará esta transferência, cuja origem está no “Registro Civil do Feijão Cru”, em dois documentos emitidos há 200 anos, nos dias 13 e 14 de outubro, a favor de dois tios paternos de Romão: Fernando e Jerônimo Corrêa de Lacerda.
Até lá!
Luja Machado e Nilza Cantoni - Membros da ALLA
Publicado na edição 340 no jornal Leopoldinense de 1 de outubro de 2017
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