01/01/2020 às 10h37min - Atualizada em 01/01/2020 às 10h37min

"E agora José?"

Para o grupo do  prefeito Zé Roberto, a eleição de 2020 começou a ser planejada em 2016. Quando numa jogada de mestre, digna dele, convidou Marcinho Pimentel para ser seu vice. Com isso, não só conseguiu ganhar mais uma eleição, mas também se preparar para outras (2018 e 2020).

Segundo comentários na época, por trás dessa aliança entre Zé Roberto e Marcinho Pimentel,  havia um acordo político visando a  eleição de 2018. No qual, um dos dois, concorreria ao cargo de deputado estadual.

Tudo indica que seria Zé Roberto, tendo em vista que não poderia disputar as eleições de 2020.  Dessa forma, ganhando para deputado estadual continuaria na política. E tinha grande chance de vitória. Caso ganhasse, Marcinho Pimentel assumiria a Prefeitura e seria ele o candidato a prefeito em 2020. 

Há quem diga que seria o contrário, Marcinho Pimentel disputaria o cargo de deputado estadual. Cargo que já disputou em 2006. Não chegou a ser  eleito, porém, ficou como suplente e  em 2011 chegou a assumir o cargo por 30 dias, na ausência do deputado Gil Pereira (PP). Se tornando o último leopoldinense a ocupar o cargo.

Tanto Zé Roberto quanto Marcinho Pimentel tinham chances de ganhar. Com isso, esse grupo ficaria muito forte para a eleição de 2020. Porém, uma tragédia mudou os rumos da política desse grupo. Em 2017, o vice-prefeito Marcinho Pimentel faleceu. Os planos de Zé Roberto foram por água a baixo.

Porém, como é um grande jogador político, teve que colocar em prática um plano B. Lançou seu filho, Roberto Brito (PSL), candidato a deputado estadual. O qual obteve 20.476 votos. Uma ótima votação. Mas não conseguiu ser eleito. Há quem diga que a oposição atrapalhou. Tendo em vista que algumas outras candidaturas acabaram dividindo votos na cidade. Atrapalhando a candidatura de Roberto Brito. Muita gente de olho na  eleição de 2020.

Falando na eleição de 2020, tudo que Zé Roberto planejou deu errado. Seu grupo não conseguiu vencer para deputado estadual.  Mas nem tudo está perdido, tendo em vista que seu filho  tem grande chance de assumir o mandato esse ano. Caso algum deputado da sua coligação ganhe a eleição para prefeito.

Porém, até lá, o cenário político não está nada bom para o grupo do Zé Roberto. Tendo em vista que sem vice-prefeito,  uma possível candidatura do seu filho, Roberto Brito, ficou muito mais difícil. Já que para isso,  Zé Roberto teria que renunciar ao mandato de prefeito. Se fizer isso,  entregará para a oposição a prefeitura e terá que  disputar a eleição sem a máquina pública.

Por falar em oposição, gente do seu próprio grupo anda pressionando. Quase que exigindo apoio a candidatura. Mas Zé Roberto não é muito de falar amém. Com isso, começa a ter atrito dentro da sua  base. Notamos isso nas votações na Câmara. Onde membros da situação começam a votar contra o prefeito. Inclusive, ajudando a oposição a  derrubar vetos.

Seria um recado? Como a base do prefeito irá se comportar daqui pra frente? O que Zé Roberto fará? Quem irá apoiar?  A pergunta que não quer calar: "E agora José?".




 
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