30/06/2020 às 09h56min - Atualizada em 30/06/2020 às 09h56min

Terror no cemitério

O personagem dessa história é uma pessoa pacata, muito na dele, um cara de pouca conversa e até mesmo um pouco sinistro. Tudo aconteceu no fim de uma tarde de sexta feira quando seu Juvenal participava do velório de um amigo que foi enterrado já no cair da tarde. Era uma daquelas tardes cinzentas de inverno onde o sol parece ter pressa de ir embora e o vento frio sopra sem piedade.

Seu Juvenal, assim que seu amigo “baixou sepultura” resolveu rezar no túmulo de sua santa mãezinha que ficava na parte alta do cemitério. Foi subindo e não se deu conta do tempo que a cada minuto se fechava. A noite já se anunciava, quando ele apavorado voltou tropeçando nas sepulturas, caiu, sujou-se de terra vermelha e numa desabalada carreira chegou à parte baixa do cemitério.

Logo constatou que não havia mais ninguém além dele, dos silenciosos túmulos e do clarão da chama de algumas velas numa sepultura ao lado. Apressou _se em ganhar o portão da rua e pasmem, quase enfartou ao constatar que já estava trancado. Não deu outra: começou a gritar desesperadamente agarrado às grades” me tirem daqui socorro! Seus gritos botavam para correr quem passasse no passeio junto ao portão. Quem conhece o cemitério de Leopoldina sabe perfeitamente o quanto é movimentada aquela parte do bairro. Fiquei sabendo que muitos correram pensando tratar-se de uma assombração.

Para piorar há um botequim bem em frente e os fregueses já calibrados desde cedo saíram correndo em desespero tropeçando um nos outros, até que um mais corajoso se aproximou do portão e desvendou o mistério. Em seguida foram buscar o encarregado do cemitério para libertar o suposto “Defunto. Depois do susto,” Seu Juvenal não quer mais ouvir falar em velório e afirma que aqui no alto do Pirineus é mais seguro.” Velório, nem do bispo “
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