31/07/2020 às 17h28min - Atualizada em 31/07/2020 às 17h28min

A PISCINA DO ALÍPIO – Leopoldina-MG – Anos 1950/60 -

Àquela época, quem quisesse praticar natação esportiva deveria associar-se à Praça de Esportes.

Já o lazer aquático e quem quisesse curtir, deveria caminhar ou pedalar até a piscina do Alípio.

Pai do Adilson e do Ormeu Velasco de Oliveira, dentre outros filhos, Sr. Alípio Velasco de Oliveira era um sitiante e sua propriedade rural ficava ao lado da estrada de Leopoldina para Abaíba, imagino que a não mais do que 3 km da cidade.

No sítio havia um lajedo de pedra por onde corria um riacho e aproveitando o declive e o vão estreito entre as margens, Sr. Alípio edificou uma barragem de pedra e cimento, formando uma represa que, creio, era destinada à geração de energia elétrica ou movimentação de moinho de pedra, para fubá.

Para lá chegar, passava-se pela Praça Felix Martins, Rua José Peres, rotatória do Posto V8, Rua Custódio Junqueira e Chácara do Desengano, onde findava o calçamento e iniciava a estrada para Abaíba.

Como forma de geração de renda adicional, Sr. Alípio franqueou uso da represa para lazer aquático, mediante pagamento, às pessoas que assim o desejassem e para lá se deslocassem.

Para se chegar à piscina do Alípio era necessário caminhar; pedalar; pegar uma “rabeira” de caminhão; empurrar a bicicleta morro acima ou pegar uma providencial carona até a entrada para o sítio, e lá curtir gostosos momentos “aquáticos”.

Mas o momento “mágico”, de bicicleta, era a volta... era o má-xi-mo!!!

Encerrado o “horário aquático”, montávamos em nossas “magrelas” que, “liberadas” morro abaixo, aumentava de velocidade a cada giro das rodas, trazendo uma indescritível sensação de liberdade, além do delicioso frescor do vento em nossas faces, braços e pernas.

Chegando à cidade, quase no término da estrada, começava o terreno da Chácara do Desengano, onde as frondosas mangueiras, com seus galhos extrapolando a cerca divisória e avançando pela estrada, como que “ofereciam” seus maduros e deliciosos frutos àqueles que por ali passavam, bastando, para tanto, atiçar as galhas e derrubar as mangas com um longo mastro de bambu, provável e propositadamente ali estrategicamente deixado por algum “bom samaritano”.

Lazer aquático realizado; trânsito prá casa terminado; em casa chegado; novo tempo de contagem de dias iniciado; expectativa até o próximo dia destinado...   à Piscina do Alípio.

Edson Gomes Santos, junho/2020
 
 
 
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