29/10/2020 às 12h13min - Atualizada em 29/10/2020 às 12h13min
IOLANDA NÃO
No ano 2000, meu último como vereador, eu não era candidato.
Por isto, a convite do Antônio César, fui a Tebas para falar a favor de sua candidatura a vereador.
Meu partido, o PFL, ainda tinha um nome que impunha respeito. O PFL apoiava o Dr. José Newton para prefeito, este do PMDB.
Sempre partidário, eu, ao perceber que as bandeiras para os comícios (talvez em estratégia da chapa contrária), iam, a cada comício anterior, sumindo pouco a pouco, mandei confeccionar a minhas expensas 20 (vinte) bandeiras enormes, réplicas das primeiras, nas cores vermelho e preto, tendo inclusive pensado “depois das eleições vou mandar tirar o 15 nelas estampado e distribuir entre meus amigos flamenguistas como eu”.
Na chapa, a candidata a vice era a senhora Iolanda Maria do Carmo Cangussu André, a esfuziante Iolanda do PT, partido do Lula, cuja direção nacional tinha como prioridade combater o PFL.
Feliz com mais uma contribuição que daria à candidatura do dr. José Newton, cheguei a Tebas e, de cara, me encontrei com a Iolanda e lhe disse:estão no carro 20 bandeiras novinhas que mandei fazer para estrear no comício de hoje”.
Iolanda se agigantou e se pôs a gritar, nervosa:
“PFL não, pelo amor de Deus, PFL não”.
Quase vim embora, mas, diante do compromisso com o Antônio César, fiquei.
Mais tarde, no palanque, pedi votos para o José Newton e para o Antônio César, que muito me agradeceu a prova de admiração e amizade. Não mencionei uma vez sequer o nome da Iolanda.
Quando desci do palanque, o José Geraldo “Gué” de Almeida Machado falou-me:
“você é mau, não tocou no nome da Iolanda”.
E confesso que, somente porque o voto era vinculado para prefeito e vice, é que em mim naquele momento ficou contida a vontade de gritar no palanque:
“Iolanda não, pelamôrdideus”, Iolanda não! ”
Setembro.2012