04/04/2021 às 08h44min - Atualizada em 04/04/2021 às 08h40min

Pedro nega a ciência!

"A Negação de Pedro" (Arte do dinamarquês Carl Heinrich Bloch no ano de 1873)
Há exatamente 1.998 anos atrás, um ato mudou os rumos da sociedade: a crucificação de Cristo. Filho de carpinteiro que morreu na cruz de madeira. Para muitos, filho de Deus, ou o próprio Deus encarnado, que morreu por nós.

Essa de que Cristo morreu por nós numa me agradou. Afinal, mais importante que Sua morte foi Sua vida. Seus ensinamentos. Até porque, como Nasceu Homem, morreria como homem. Ou seja, Morreria de qualquer jeito. Por pouco não Morreu apedrejado, mas Conseguiu escapar.

Por fim, Morreu crucificado, o que era algo muito comum naquela época. Inclusive, no mesmo dia que Cristo foi crucificado, outros dois foram crucificados ao lado dele. De acordo com alguns historiadores, a maior crucificação da história ocorreu no ano de 71 antes de Cristo, na Revolta de Espártaco, quando 6 mil pessoas foram crucificadas ao mesmo tempo, ficando seus corpos pendurados espalhados por quase toda  via Ápia (a mais importante via de Roma).

Deixando de lado a questão religiosa, até porque cada um tem a sua fé, vim tratar nesse texto um fato referente aos dias de hoje, no caso a pandemia. Tendo em vista a decisão do ministro do STF, Kássio Nunes, que liberou a realização de missas e cultos religiosos no domingo de Páscoa. Dia que marca a ressurreição de Cristo.

Ao editar tal medida, o ministro Kássio Nunes repete o ato do apóstolo Pedro, que negou Cristo antes de sua morte. No caso de Kássio, nega a ciência. Permitir aglomerações e incentivar as pessoas romperem o isolamento, em pleno pico da pandemia, no caso de Minas Gerais na onda roxa,  onde no Brasil chegamos a marca de 330 mil mortes, com  quase 4 mil mortes diárias e de acordo com especialistas podemos chegar a mais de  5 mil mortos por dia, permitir missas e cultos religiosos  é fazer a multiplicação do vírus.  
 
Tal ato do ministro também me faz lembrar Pilatos, que lavou as mãos e não interveio no julgamento que condenou Cristo. Assim como Pilatos, Kássio deixa para o povo escolher. O final dessa história a gente conhece, o povo escolhe Barrabás a Cristo. Nos dias de hoje, escolhe o coronavírus ao invés do isolamento.

Pelo amor de Deus, evitem aglomerações. Não saiam de casa sem de fato ser necessário.  Pessoas estão morrendo: amigos e familiares. Fiquem em casa. Rezem em casa. Lembrem de que Cristo disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles”.
 
Entendo que muitos gostam de ir à igreja, mas não é o momento. A fé está fora dos muros dos templos. Como mostrou Cristo:  “Destruí este templo, e, em três diasEu o reconstruirei”(João 2:19). Para muitos, Cristo não estava falando do templo físico (igreja).  O templo que Ele se refere é Ele mesmo, tanto que no terceiro dia ressuscitou.
 
Mas importante que ir ao templo (igreja) é ter fé  em Cristo. Seguir seus ensinamentos. O que faria Cristo nesse momento de pandemia? Com certeza respeitaria a quarentena. Ficaria 40 dias no deserto.

O coronavírus está aí. A cura está chegando.  Como dizia Cristo: a sua fé o curou. Mais do que nunca precisamos ter fé. No caso, fé na ciência. A qual é fruto do conhecimento dado por Deus aos seres humanos. Não neguemos a ciência. Devemos seguir aquilo que especialistas dizem. Usar máscaras, lavar ás mãos, evitar sair de casa e é claro, tomar a vacina.  Não façamos como Pedro que negou a Cristo. Não neguemos a ciência. Amém!

 
 
 
 
 
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