26/04/2021 às 09h06min - Atualizada em 26/04/2021 às 09h06min

Robertão presente!

Paulo Lucio Carteirinho
Carlos Roberto Evangelista Vargas, o popular Robertão (Foto: Página pessoal Facebook)
Robertão presente! Robertão presente! Robertão presente! .

Leopoldina amanheceu mais triste. O policial militar, Carlos Roberto Evangelista Vargas, popular Robertão, morreu aos 55 anos, vítima de Covid-19.

Assim que fiquei sabendo da morte de Robertão, lembrei da matéria do jornal O Globo que li recentemente, a qual enviei para minha irmã que é policial no RJ. A matéria   mostrava que o número de policiais mortos por Covid-19 em 2020 foi   mais que o dobro dos que foram assassinatos nas ruas. De acordo com o jornal, 465 policiais morreram de Covid-19 no Brasil, enquanto 198 policiais morreram assassinados em serviço ou de folga.

Em Leopoldina, cidade pacata, temos poucos casos de violência, sendo que nenhum contra policiais. O maior risco dos policiais daqui, assim como da população   é o covid-19. O qual matou o policial mais famoso da cidade.

Robertão era uma pessoa folclórica. Virou até meme nas redes sociais. Tendo em vista seu profissionalismo. Policial que fazia valer a lei. Com ele não tinha desenrolo. Está errado, que pague pelo seu erro. Era assim com todos: pobre, rico, homem, mulher, preto, branco. Principalmente com quem ousava não respeitar as leis de trânsito.

Ficou famoso na cidade por cobrar dos motoristas cumprimento da lei. Parou no lugar errado era multa na certa. Se não estivesse por perto para retirar o veículo, ele chamava o reboque. Caso resolvido.  Quem recebia a multa e tinha o veículo rebocado é lógico que ficava pê de vida, mas por fim acabava entendendo. Afinal, está errado e dificilmente errava de novo. Se errasse  sabia que lá estaria Robertão.

Assim Robertão ia educando o povo. Ao ponto das pessoas passarem a gostar dele. Já que se sentiam mais seguras. Sabiam que com Robertão por perto a cidade estava protegida. O trânsito fluía. O deficiente e idoso sabiam   que sua vaga não estaria sendo usada porque não é. Se alguém estivesse na vaga, Robertão tirava na hora.

Trabalho nos Correios e uso muito as vagas do carga e descarga. Nos plantões do Robertão eu sempre achava vaga. O trabalho dele tornava o meu trabalho mais fácil. 
 
Infelizmente, Robertão nos deixou. Presto minha solidariedade a família e aos colegas. Sua morte, assim como de vários outros em Leopoldina, no Brasil e no mundo, mostra o quanto o covid-19 é perigoso. Não podemos bobear. Temos que redobrar os cuidados. De modo não perder mais ninguém.

Aproveito para cobrar do governo Pedro Augusto mais combate ao covid-19.  Da mesma forma que vem fazendo com a dengue. Aproveito para parabenizar o secretário de saúde Márcio pelo belo trabalho no combate a dengue.

Com carro de fumacê passando nas ruas várias vezes ao dia. Além do carro conscientizando as pessoas. Destaco também a limpeza  da cidade e parabenizo novamente  o secretário  Totonho Felix. Mostrando que de fato: estamos em guerra contra a dengue.

Por que não também entrar em guerra contra o covid-19? Acho que o setor público precisa agir da mesma forma. Afinal, o covid-19 mata muito mais que a dengue.  Por que não carro circulando pela cidade pedindo uso das máscaras, limpeza e distanciamento social? Por que não o retorno dos carros pipas com produtos limpando as ruas?

Até mesmo o retorno das barreiras sanitárias? Além de várias outras medidas e sugestões que os vereadores apresentaram para o executivo.
   
Não podemos perder mais ninguém. Para isso, precisamos levar a sério o combate ao covid-19. Cada um fazer sua parte.


Robertão em ação (Foto: Luciano Baía Meneghite - Jornal Leopoldinense/Arquivo)
 
 
 
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