05/07/2021 às 12h12min - Atualizada em 05/07/2021 às 12h12min

Vacinado!

Paulo Lúcio Carteirinho
Eu não sou besta pra tirar onda de herói.  Sou vacinado, eu sou cowboy. Cowboy fora da lei.”Começo esse artigo ao som de Raul Seixas, música Cowboy fora da Lei, para tratar da vacinação, tendo em vista que no dia 02/07/2021 tomei a primeira dose da vacina contra covid-19.
 
Confesso que estou muito aliviado, no caso 50% aliviado, afinal, falta ainda a segunda dose, a qual só vou tomar daqui a 3 meses, tendo em vista que tomei a vacina Pfizer. Até lá, devo manter os cuidados. Na verdade, os cuidados têm que ser mantidos mesmo após a imunização. Não é porque as pessoas estão imunizadas que a vida voltou ao normal. Afinal, muitos ainda não tomaram a vacina e temos que impedir que esses venham ser contaminados.  É o caso da minha esposa e meus filhos. Logo, para protegê-los, assim como outros, devo continuar usando máscara, álcool em gel, evitar aglomerações. Não só para evitar que eles venham ser contaminados, mas até mesmo eu, afinal, não é porque estou vacinado que vou querer ser contaminado, pegar a doença.
 
Voltar a vida normal - se é que o mundo vai ser normal de novo -  só daqui algum tempo, quando todos ou quase todos forem vacinados e mesmo assim a vida não será como antes. Será muito diferente. Nossa geração será marcada por essa pandemia, a qual iremos lembrar para sempre. Contaremos para nossos filhos, netos, bisnetos...
 
Quem vivenciou esse momento vai ter outra noção de mundo. Será mais cuidadoso e exigente no tocante a higienização.  Nesse ponto, a pandemia deixará um legado importante. Cito por exemplo o mercado, o atendente do caixa até então ficava exposto, sem nenhuma proteção ou barreira, tendo contato diariamente com várias pessoas, algumas resfriadas, gripadas ou com outro tipo de doença. Mas que agora com a pandemia foi colocada uma proteção a qual separa ele de outras pessoas. Essa proteção deverá continuar pós pandemia, assim como álcool em gel disponíveis nas entradas e outros tipos de proteções.
 
Muita coisa será incorporada na sociedade. A própria vacina mesmo, há estudos que apontam que talvez sejam necessárias mais doses. Talvez seja até anual, como é a da gripe, a qual tomo todo ano, assim como toda vacina que fica disponível.  Aproveito para parabenizar o SUS. Temos um sistema de saúde, que apesar de alguns problemas, é excelente, principalmente, no tocante a vacinação.
 
Tomamos vacinas gratuitamente desde o nascimento, passando pela infância, adolescência, fase adulta e até velhice. Poucos países no mundo fornecem isso ao povo. Talvez tanta facilidade faça com que alguns não percebam a importância do SUS pois não sabem como é viver sem ele. Coisa que gerações anteriores a nossa sabem como era, onde muitas doenças imperavam na sociedade. A minha geração mesmo chegou a ter problemas com algumas doenças, eu por exemplo tive sarampo, caxumba e catapora. Hoje nem ouço falar nisso. Faz tempo que não vejo uma pessoa com esses tipos de doenças. Meus filhos, por exemplo,  nunca tiveram e talvez nem tenham – é o que espero.  
 
Isso só é possível devido a vacinação em massa ao longo dos tempos.  A vacinação é o melhor método de se combater doenças como mostra a ciência. Infelizmente, alguns insistem no negacionismo, o qual deve ser combatido, de modo não espalhar como o vírus. Afinal, se alguns ficam sem vacinar ou tomar cuidados, as doenças podem retornar. Quem vai querer um novo surto de catapora, caxumba, sarampo? Quem teve essas doenças sabe quanto é ruim. Para que permitir que doenças já erradicalizadas retornem? 
 
Dessa forma, vacinem! Sigam o que Raul Seixas diz na música: “Eu não sou besta pra tirar onda de herói.  Sou vacinado, eu sou cowboy.”. Não sejam besta ou não sigam o Besta. Não se guiem pelo negacionismo, pelas fake news que circulam pelas redes sociais. Como dizia Raul Seixas: “Eu não preciso ler jornais.  Mentir sozinho eu sou capaz. Não quero ir de encontro ao azar”. Não vão de contra o azar. Sigam a ciência! Até porque, a ciência não tem opinião, tem comprovação. Não tem lado, tem estudo. Vacinem!  É a melhor forma de não apenas se salvar, mas salva a outros. E assim mudar a história.   “Vamos entrar para história, pessoal!”
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