19/09/2021 às 18h19min - Atualizada em 19/09/2021 às 18h09min

Escada rolante no hospital!?

Paulo Lúcio Carteirinho
Essa semana um assunto foi destaque nas redes sociais: colocação de escada rolante no hospital, tendo em vista uma indicação que o vereador Gilmar Pimentel fez. 

Muita gente achou tal indicação desnecessária, perda de tempo e  a internet como todo mundo sabe não perdoa. A indicação viralizou e  começaram  surgir memes e comentários.
 
Teve gente que até fez uma montagem colocando uma escada rolante no local. Outros colocaram  escadas rolantes em outros locais, como a escadaria da Catedral.



 

Outros cobraram o funcionamento da única escada rolante que tem na cidade, que fica no Mar Center Shopping na Cotegipe, que há anos não funciona.

Muitos foram além, sugeriram a colocação de um elevador igual o que  tem em Salvador,  como também um bondinho igual ao do Pão de Açúcar no  Rio de Janeiro, ligando a praça Felix Martins ao hospital.

Brincadeira à parte, até entendo a indicação feita pelo vereador, no sentido de termos mais acessibilidade na cidade. O que inclusive é previsto em lei. Porém, não é o caso de colocar escada rolante no hospital, o qual têm outros acessos além da escada. Quem não quiser subir a escada, pode ir pelo caminho que vão os carros.

Agora temos que reconhecer que o acesso ao hospital é de fato ruim, devido ele ficar localizado no morro. Muitos até sugerem que fosse criada uma linha de ônibus que passasse no local, utilizando micro ônibus que levaria as pessoas até a entrada do hospital. Acho que isso ajudaria muito mais que uma escada rolante, além de ser muito mais  fácil e  viável financeiramente.

Deixando de lado essa polêmica da escada rolante, aproveito para pegar carona nesse debate e tratar da questão de acessibilidade na cidade. Tema que deve ser debatido, logo, a indicação do vereador de certa forma é boa, pois traz esse debate à tona.

A cidade precisa de mais projetos de acessibilidade. Como   implantar em outros pontos o “trajeto para cegos”, piso tátil que permite aos deficientes visuais trafegarem pelas calçadas. Hoje esse piso tátil só existe na rua Barão de Cotegipe. É preciso implantá-lo em outras calçadas da cidade.

Falando em calçadas, é preciso também o reparo de algumas. Muitas estão cheias de buracos. Falta rampas de acessos para cadeirantes, são curtas e muitas das vezes ficam ocupadas com mercadorias das lojas. Ainda dentro da questão das calçadas, precisamos também de colocação de mais travessias de pedestres elevadas que permitam atravessar as ruas com mais facilidade.

Falando em atravessar ruas, é preciso o reparo do sinal na Avenida Getúlio Vargas, de modo garantir segurança a quem trafega pelo local. Falando em ruas, precisamos de mais vagas para deficientes, assim como respeitá-las, coisa que infelizmente não acontece, principalmente depois da morte do policial Robertão, que atuava no trânsito.

Essas vagas visam facilitar o acesso dos deficientes ao comércio, o qual também deve implantar medidas de acessibilidade nas suas lojas, assim como treinar seus funcionários para melhor atender os deficientes.

Como podem ver, temos muito que melhorar. E temos que parabenizar a Câmara de vereadores por tratar de alguns desses temas nas sessões. Afinal, um assunto puxa o outro. Foi o que vi com essa indicação da escada rolante, que por mais que não seja implementada, pelo menos trouxe a questão da acessibilidade para o debate. 
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