23/02/2022 às 11h21min - Atualizada em 23/02/2022 às 11h21min

Retorno da Secretaria de Cultura

Paulo Lúcio Carteirinho
O secretário Alexandre Carlos Moreira e o superintendente Cláudio Verneque Guerson (Fotos: Assessoria da PML)
Recentemente, tivemos uma importante mudança no governo Pedro Augusto, que foi a recriação da Secretaria de Cultura, que deixou de existir tendo em vista a promessa de campanha de número 4:  “Redução de secretarias municipais e indicação de pessoas técnicas para a equipe de governo”.
 
Essa promessa de campanha aconteceu no calor da eleição, sendo uma manobra eleitoreira, feita por quem na época desconhecia o funcionamento da prefeitura. Essa promessa de certa forma ajudou na vitória de Pedro Augusto, mas como os políticos costumam dizer: “Ganhar eleição até que é fácil, difícil é governar”.
 
Pedro Augusto ganhou a eleição, mas está tendo dificuldade em governar em diversas áreas, tendo em vista a política Menos Estado que prometeu, a qual atrapalha seu governo. Ainda mais em época de pandemia, onde mais do que nunca as pessoas precisam do Estado.
 
O presidente Bolsonaro enfrenta o mesmo problema. Na época da campanha Bolsonaro disse que seu governo teria apenas 15 ministérios. Mas passou longe disso, começou com 22 e 1 foi recriado, totalizando 23, oito a mais do que havia prometido. Imaginem se ele tivesse cumprido a promessa, ter somente 15 ministérios, o governo que já é ruim, seria pior.
 
Voltando para a gestão de Pedro Augusto, além recriação da Secretaria de Cultura, o prefeito poderia também recriar a Secretaria de Meio Ambiente. Vale destacar que nos últimos dias todos ficaram assustados com a tragédias que ocorrem Brasil a fora. A mais recente foi a de Petrópolis, mas tivemos também na Bahia, São Paulo e em Minas Gerais, inclusive em Leopoldina, onde o distrito de Ribeiro Junqueira foi arrasado após uma forte chuva. Destaco também Cataguases, que esse ano já passou por 3 enchentes.
 
Muita gente vem dizendo que essas fortes chuvas são trombas d’água, como se fossem eventos casuais. Não são! Essas fortes chuvas estão acontecendo cada vez com mais frequências, fruto da mudança climática. Dessa forma, mais do que nunca precisamos de mais atenção com o meio ambiente. Não ter a Secretaria de Meio Ambiente só piora a situação. Costumo dizer é uma economia burra, o barato que sai caro e quem paga essa conta é o povo.
 
Acaba com a Secretaria de Meio Ambiente, vem a tragédia e se limitam a comparecer no local para prestar solidariedade as vítimas, sem de fato enfrentar o verdadeiro problema, tendo em vista que acham desnecessário gastar com meio ambiente. Dessa forma, deixamos de ter políticas públicas voltadas para evitar essas tragédias.
 
Como vinha ocorrendo com a Cultura. Como não tinha secretaria, não tinha políticas públicas voltadas para área cultural. Dessa forma, a cultura ficou paralisada. Justo quando enfrentamos uma pandemia, onde a área cultural foi a mais afetada. Os produtores culturais em Leopoldina foram abandonados pelo setor público, jogados à própria sorte.

Vale destacar que na época do Zé Roberto, quando havia Secretaria de Cultura, foi utilizado dinheiro do Fundo Cultural da Lei Vitalino Duarte, para a realização do Festival das Lives, voltado para atender os músicos da cidade, os quais estavam sem condições de se apresentarem devido as regras de isolamento.
 
Lembro que na época foi criada uma Comissão Especial do Conselho de Cultura, tendo em vista que para poder usar o fundo cultural precisava da autorização do Conselho de Cultura. Inclusive fiz parte dessa comissão.  Em seguida, o conselho foi reorganizado.
 
Falando no Conselho de Cultura, desde a saída do ex-secretário de esporte, turismo, cultura e lazer e etc, Victor Guilherme, o conselho deixou existir, tendo em vista que Victor era o presidente do conselho e pediu desligamento após ter deixado o cargo de secretário.  O vice-presidente era o Saron Durães, que era superintendente de cultura e também deixou o cargo, automaticamente, deixou também vice-presidência do conselho. 
 
Com isso o conselho está inativo até hoje. Tem até um grupo de watzap, onde costumamos conversar, mas de forma não oficial.   Dessa forma, uma das tarefas do novo Secretário de Cultura é reativar o Conselho de Cultura, assim com outros que envolvem a secretaria, que também passam pelo mesmo problema, é o caso do Conselho de Patrimônio Histórico.
 
Falando no secretário, Pedro Augusto mandou muito bem ao nomear Alexandre Carlos Moreira para o cargo. Assim como Cláudio Verneque Guerson para o cargo de Superintendente de Cultura. Duas pessoas incríveis! Ambos da área da cultura.
 
Alexandre é formado em Direito e atua na área cultural há mais de 25 anos, e nos últimos 10 anos foi gestor da Casa de Leitura Lya Muller Botelho, da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, mantida pela Energisa, onde fez diversos trabalhos culturais.
 
Cláudio é professor e Doutor em Ciências da Religião, tem experiência tanto na educação como na cultura. Destaque para o projeto “Saber com Sabor”, um encontro literário que existe há anos em Leopoldina, o qual tive a honra de participar de alguns encontros. Inclusive, num desses encontros teve a participação de Pedro Augusto e sua esposa Márcia, onde a palestrante foi Laura Domiciano, que atualmente faz parte da equipe do prefeito, sendo a secretária de Obras.
 
A secretaria de cultura está em boas mãos. Na verdade, esteve também em boas mãos na época do Victor Guilherme e Hudson, porém, é complicado ter que cuidar de várias áreas ao mesmo tempo. É quase impossível, por isso foi importante Pedro Augusto ter voltado atrás na promessa de campanha e ter recriado a Secretaria de Cultura.
 
Tenho a certeza que agora vai. Alexandre e Cláudio, assim como os demais funcionários da Secretaria de Cultura, farão um belo trabalho. Os desafios são enormes, tendo em vista que ainda estamos vivendo uma pandemia, mas que já começa a dar sinal que está indo embora e logo voltaremos à vida normal. 
 
A Secretaria de Cultura terá muito trabalho pela frente, tendo em vista que a população não vê a hora de voltar ter contato com eventos culturais. Infelizmente, novamente não foi possível a realização do carnaval. Mas vem chegando o aniversário da cidade e o motorock, onde, até o momento, está previsto a realização deles. Será o nosso pontapé inicial para dar fim na onda verde, amarela, azul, roxa... e o começar a onda cultural. Salve a cultura!
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