03/04/2022 às 07h53min - Atualizada em 03/04/2022 às 07h53min

DANÇANDO NA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL – Leopoldina – 1968/71

Edson Gomes Santos
Hoje é balada, forró, baile funk, bailes (raros?), enfim a diversidade atual contempla ampla gama de eventos visando atender ampla gama de gostos.

Naquela época, em Leopoldina, nos fins de semana, as noites dançantes na Associação Comercial eram amplamente frequentadas por público feminino e masculino das mais diversas faixas etárias e sem quaisquer discriminações: sexo, cor, social, etc.

Sim, era um ambiente “democrático”, sadio e prazeroso.

Como o Clube Leopoldina era restrito aos sócios, o Cutubas e Clube Operário não dispunham de calendário fixo para dançantes nos fins de semana, coube à Associação Comercial “incluir” tal carência dançante nos fins de semana no rol das suas atividades em prol dos leopoldinenses.

Àquela época o presidente da ACIL era, creio, o literalmente grande empreendedor Brahim Sleiman, que também fazia parte da diretoria do Clube Leopoldina e, talvez de lá, ele tenha tido o click de implementar as dançantes aos fins de semana na ACIL.

Na portaria, no nível da rua, sério, compenetrado na sua atividade, recebendo os pagamentos pelos ingressos (interessante, não sei se mulher pagava), entregando as senhas de acesso ao salão, cordial e educado para com quem a ele dirigisse a palavra, estava o porteiro:

João Bolsoni, na Portaria, era o homem certo no lugar certo.

Ingresso pago, senha de acesso na mão, subíamos as escadas até o salão onde o conjunto musical já lançava músicas no ar e a noite dançante já estava “no ar”. 

Salão cheio, casais dançando, namorados, noivos, maridos e mulheres, solteiros e solteiras, a noite fluía a cada nota musical dançada.

O que hoje é nominado como ficar, àquela época era paquerar ou seja, uma ficada sem maiores compromissos ou comprometimentos entre os dois personagens.

Claro que lá também havia oportunidade para as paqueras e muitas delas evoluíram para namoros e casamentos.

Quem viveu naquela época e teve oportunidade de na ACIL ouvir boas músicas, conhecer novas pessoas, dançou, saboreou geladas cervejas, curtiu cuba libre e hi fi que eram bebidas “da moda”, tem a feliz lembrança de tudo isso aconteceu e que, nesta crônica, fica registrado que tudo aconteceu graças às DANÇANTES NA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL.
 
                                                                                                          
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