27/04/2022 às 08h39min - Atualizada em 27/04/2022 às 08h39min

Uma ode à Leopoldina

Waldemar Pedro Antonio (Turquinho)
Foto: João Gabriel Baía Meneghite
Despretensiosamente, descreverei um belo e minucioso quadro 
Imerso nas lembranças infinitas de um vivo passado na memória,
Reencontrando-me com fatos responsáveis pelo amor a minha Leopoldina,
Pequena princesa da Zona da Mata Mineira e capital de minhas recordações 
Que hoje, com os badalares do sino da Catedral, despertam-me de um sono 
Adormecido desde os remotos tempos de minha infância, fixando-me no presente 
Para demonstrar um quadro e enredar-me nos momentos e lugares deslumbrantes, 
Vivificados na alma perene de todos que aqui desfrutam da beleza da cidade.
 
Nascer ou viver em Leopoldina constitui, orgulhosamente, uma dádiva de Deus,
Pelo respeitoso comportamento de seu povo e pelas tradições que aqui permanecem:

A meiguice expressa no olhar de cada leopoldinense como reflexo de uma bela amizade;

O agradável senso de hospitalidade e prazer constantes, ao dar morada a seus visitantes;

A satisfação presente nas exposições pedagógicas da Casa de Leitura e do Museu Cultural;

Orgulho acentuado nas belas demonstrações das Letras e Artes sempre acontecendo na ALLA; 

A religiosidade prazerosa manifestada nas manhãs de domingo durante as missas e os cultos;

Os magníficos programas de rádio responsáveis pelas informações de interesse de sua população;

Seus pequenos distritos, cada um com seus hábitos bairristas,  segmentos desta bela cidade;  

As reuniões de amigos nos bares em tardes de sábado para jogar conversa fora regada a cervejas;

Os desfiles de lindas mulheres pela Cotegipe nas manhãs de sábado com seus vestuários requintados;
 
A grande expectativa anual pela Exposição Agropecuária, quando acontece o chamego dos namorados;

A casa de amparo aos anciões protegida por Santo Antônio onde a 3ª idade se interage alegremente; 

A torcida fiel que enlouquece quando  Ribeiro Junqueira penetra no gramado de seu estádio;

A despretensiosa jogatina de baralhos pelos aposentados nas Praças, tendo como mesa os bancos; 

Orgulho em ter um espaço Augusto dos Anjos, nosso ícone poético, onde se cantam suas belas poesias; 

Os Educandários, com proveitosos métodos pedagógicos, preparando nossos jovens para vida;

O embelezamento nos modelos dos vestidos multicoloridos das mulheres leopoldinenses nas festas;

A imprensa escrita com seu periódico sempre atualizado e isentos de ideologia política;

O delicioso ensopado de frango com quiabo, angu e torresmo, culinária presente nas refeições mineiras;

A bela lembrança da furiosa comandada pelo trombone de Horácio e hoje preservada na Banda   1º de Maio;

A alegre e maravilhosa Moda de Viola apresentada pelos violeiros anualmente em Piacatuba;

O chamamento do Conservatório para os que anseiam executar musicalmente um instrumento;

As feirinhas aos sábados pela manhã onde artistas expõem os trabalhos e vendedores, suas mercadorias;

O espaço  da APAE onde voluntários cuidam dos internos com uma dose excessiva de AMOR;

O Clube Cutubas e seus componentes resguardando o direito de uma raça por muito tempo vilipendiada;

A Praça do Urubu com seus belos carnavais e local onde se reúnem seresteiros aos sábados no Waldemir;

Os encontros inesperados de conhecidos se reverenciando nos supermercados durante as compras;

Suas ruas embelezadas por paralelas de oitis, garantindo belo cenário e a preservação do meio ambiente;

No carretão, em fins de semana, os pais levam seus filhos a  um   proveitoso  passeio;

E a imponente arquitetura do nosso ginásio como um resistente Templo de um  povo FELIZ !

PARABÉNS,  LEOPOLDINA,  POR  MAIS  UM  ANO   ILUMINANDO    A  ALMA  DE  SEUS  MORADORES!
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