30/04/2022 às 13h48min - Atualizada em 30/04/2022 às 13h48min

LEOPOLDINA – 168 ANOS – COMO SERÃO OS PRÓXIMOS 168 ANOS?

Edson Gomes Santos
Passado, presente e futuro... são tempos vividos, vivendo e, possivelmente, vivenciáveis, sendo que, numa análise simplista, somente o passado é real pois foi vivido; o presente, sendo vivido e estando em fase de “registro”, logo estará integrado ao passado; ... E O FUTURO, COMO SERÁ?  

Somados passado + presente, somente podemos imaginar e programar o futuro como possibilidades de ocorrências, ou seja, não há meios de prevê-lo e fazê-lo acontecer, com certeza e segurança.

O passado histórico da Humanidade está registrado nas tradições dos povos, nos templos e edifícios da antiguidade, nas pinturas rupestres (nas cavernas) de povos já extintos, nas escrituras como Bíblia, Vedas, Taoísta, Budista, etc., registros tais que permitem aos estudiosos “conhecer e entender” a Antiguidade, fatores que influenciam a Atualidade.

- Quem não sabe de onde veio, não saberá para onde ir, é uma afirmativa realista pois, quem desconhece o seu passado, não saberá como “escrever/programar” o seu futuro.

Na vida de uma cidade o processo é semelhante, pois se os seus registros históricos se perderem, seu passado estará irremediavelmente perdido, e quanto à nossa cidade e apesar de eu estar – temporal e fisicamente – distante dela, sua história faz parte de mim e, com muita alegria, percebo haver leopoldinenses se “desdobrando” para pesquisar, registrar e divulgar a história da cidade, para todos nós... e para os próximos 168 anos:

- Nilza Cantoni e Luja Machado - Na seção Trem da História, publicada desde 2003 no jornal Leopoldinense, resgatam e registram para a atualidade e posteridade o histórico do município nos seus mais diversos aspectos sócio-econômico-geográfico-migratório-cultura-regional, trazendo uma “luz” histórica que não havia “brilhado” com tanta intensidade, até agora;

- Plínio Alvim – Leopoldinense, residente em Além Paraíba, pesquisador genealógico, historiador, pesquisador, preservador e defensor da Memória Ferroviária regional, estadual e nacional, é reconhecido como referência em suas áreas de atuações históricas;

- Memória Leopoldinense – Projeto desenvolvido e conduzido por Luciano Baía Meneghite, cujo propósito é registrar, divulgar e perpetuar via Youtube, Facebook, os momentos históricos registrados através de fotos, imagens, filmes, publicações, etc., iniciativa merecedora de aplausos, bem como merecedora dos apoios logístico e financeiro de Entidades governamentais, fundações vinculadas a Bancos, apoiadores individuais, visando ampliação e abrangência da importante atividade registral histórica que vem sendo por ele desenvolvida e divulgada;

- Leopoldinense (jornal) – Em agosto/2022 completará 19 anos de circulação ininterrupta, agregando-se à história dos jornais impressos de Leopoldina, cujas histórias, tiragens e circulações remontam aos anos 1870, e, desde então, nossa cidade SEMPRE teve jornais impressos – pelo menos um –em circulação, sendo que a Gazeta, fundada em 1895, nos anos de 1980 era um dos mais antigos jornais impressos em circulação ininterrupta em Minas, além do que, segundo os historiadores, os jornais impressos são preciosas fontes de informações para a História pois documentam o cotidiano;

- Mauro de Almeida Pereira – Pesquisador histórico, notário e guardador da história, como eu, quando criança o defini numa ocasião em que – a mando de meu pai – estive no seu cartório e ele mostrou-me os livros dos registros, explicando-me sobre seus dados históricos;

Espaço dos Anjos – Brilhante iniciativa de Luiz Rafael Domingues Rosa – autointitulado Mordomo de Augusto dos Anjos – que se propôs e conseguiu consolidar sua ideia e seu ideal de divulgação e preservação da memória do poeta paraibano, além de estender o Espaço para outros registros históricos e pictóricos, sendo esta, a pintura, sua outra paixão;

- ALLA – Academia Leopoldinense de Letras e Artes – Brilhante iniciativa cultural fundada, colocada em prática e atualmente consolidada, certamente será mais uma entidade que “atravessará” os anos vindouros, cada vez mais reconhecida como estimuladora das artes, das letras, dos autores e dos artistas leopoldinenses;

- Ginásio Leopoldinense – Mais de 100 anos de história “transitam” por suas salas de aula e demais dependências, além de haver sido responsável pelo honroso apelido Athenas da Zona da Mata, em reconhecimento do elevado nível intelecto-cultural da nossa cidade, portanto merecedor de ter sua história registrada, preservada e divulgada;

- Mangalarga Marchador – Em Abaíba foi desenvolvida linhagem daquela raça equina geradora de animais de excelentes qualidades, tornando a Linhagem Abaíba nacionalmente conhecida, desejada e merecedora de registro na história leopoldinense.

Entendo haver muitas outras instituições, entidades e pessoas que fizeram a história de Leopoldina e que merecem ter suas vidas e ações registradas e preservadas para as gerações futuras, cabendo aos – atuais e futuros - historiadores identificá-las, efetivarem os respectivos registros, visando contribuir, cotidiana e permanentemente, para com os trabalhos dos futuros pesquisadores da História Leopoldinense.  

Tendo em nossas mentes o fato de que a história ocorre durante cada segundo vivido, cumpre a cada um de nós “escrevê-la” e a preservarmos da melhor maneira possível.
Então...  
               Que venham os próximos 168 anos, pois os 168 que já se passaram estão sendo pesquisados e registrados por dedicados leopoldinenses, visando resgatar e preservar a história dos atos e fatos já idos, para conhecimento e deleite das futuras gerações.
       
 
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