21/06/2022 às 10h36min - Atualizada em 21/06/2022 às 10h36min

Lá vai mais um bloqueio

Bernardo Guedes
Acho que não é só comigo, mas com muitas outras pessoas as ligações de telemarketing têm passado do ponto. Só no último mês no intervalo de 1 dia foram 10 ligações sucessivas do prefixo 93300, com as mais diferentes sequências numéricas.

Era só bloquear um número que em seguida já vinha outro discando. E por mais que a maioria dos celulares possuam recurso para bloquear as chamadas vai me dizer que não é chato toda hora ter que parar para ver quem está chamando?

Como se você não tivesse nada mais importante a fazer ou não pudesse estar esperando a ligação de um caso urgente de saúde por exemplo. Tratam-se de reiterados casos de abuso nos últimos tempos e que incomodam o brasileiro.

Ao programar um robô de discagem as empresas de telemarketing prendem quem está no outro lado da linha em um silêncio por seu atendente de telemarketing estar em outra chamada. Pobre dele também que precisa de um trabalho que preza o ganho econômico preterindo qualquer bem a saúde.

Quem me conhece sabe a ansiedade que fico quando tenho de parar algo que esteja fazendo para atender uma ligação. O celular tornou-se um companheiro inseparável no mundo moderno, além de ser instrumento de trabalho imprescindível e, em certa medida, colabora para a padronização da sociedade.  Entretanto, ficar refém do robô que liga sem parar é parte de nossa derrota.

E olha que nem é o caso da música do Gusttavo Lima em que fãs apaixonados dos mais diversos DDDs ligaram Brasil afora na tentativa de falar com o ídolo. Nesse caso é amor. No caso do telemarketing é um relacionamento abusivo em que o robô vai minando a resistência do humano.
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