09/07/2022 às 15h52min - Atualizada em 09/07/2022 às 15h50min

Federações partidárias criam um novo cenário político

Paulo Lúcio Carteirinho
Mês passado tivemos um fato novo na política, que foi a definição das federações partidárias. Federação é a união entre partidos políticos, permitindo que eles possam coligar, tendo em vista que as coligações deixaram de existir na reforma política de 2017, no governo Temer.

A diferença entre as antigas coligações para a federação é que na federação os partidos que as compõe terão que ficar juntos por 4 anos. Antigamente, as coligações ocorriam somente para as eleições, passada as campanhas os partidos caminhavam por conta própria.

Três federações foram construídas: 1) PSOL + REDE; 2) PSDB + CIDADANIA; 3) PT + PCDOB + PV. Bom lembrar também que tivemos a união entre alguns partidos, é o caso do DEM + PSL, surgindo o União Brasil.

Mas o que isso muda? A principal mudança é a diminuição no número de candidatos. A quantidade de candidatos que cada chapa pode lançar   é definida através da Lei Complementar 78/1993, que leva em conta a quantidade de habitantes de cada estado.

Se não me engano, em Minas Gerais o máximo de candidatos que cada chapa pode lançar são 53 deputados federais e 80 deputados estaduais. Com a união dos partidos, essas vagas serão divididas entre eles. Dessa forma, os partidos passam a ter menos candidatos.
  
Vou dar um exemplo para facilitar o entendimento. O PT, se saísse sozinho, poderia lançar 53 candidatos a deputado federal e 80 estadual. Como fez a federação com o PCdoB e o PV, terá que dividir com esses partidos essas vagas. Com isso, PT, PCdoB e PV terão menos candidatos.

Trazendo esse debate para Leopoldina, o ex-vereador Paulo Celestino, que em conversa pessoalmente comigo, tempos atrás, me disse que era pré-candidato a deputado estadual, deixou de ser. Inclusive, tive acesso a lista de pré-candidatos do PT e o nome de Celestino não consta nela. Não sei se essa questão da federação atrapalhou, mas como diminuiu a quantidade de candidatos que o PT lançaria, ficou mais difícil.

Falando em retirada de candidaturas, em conversa com o Ricardo da Paf Pax, o mesmo me disse que não será candidato.  Com isso, Leopoldina passa a ter menos dois pré-candidatos.

Até o momento estão mantidas as pré-candidaturas de Roberto Brito (REDE),  Marcos Paixão (União Brasil) e pastor Heloyr (DC)  a deputado estadual; e José Eduardo (União Brasil) e Rogério Suíno (PSC) a deputado federal.

Trazendo esse debate para nossa região, tivemos algumas mudanças no cenário em Cataguases.  O ex-vereador, Hercyl Salgado, que era candidato a deputado federal retirou sua candidatura. Por outro lado, o nome de Evandro Mendonça, filho da ex-prefeita e ex-deputada estadual, Maria Lúcia, vem sendo comentando nos bastidores políticos onde dizem que é pré-candidato a deputado federal.

Falando nos bastidores políticos, há quem diga que o ex-prefeito de Cataguases, Cesinha Samor, possa vir candidato a deputado estadual. Em contato com alguns camaradas do PCdoB, eles disseram que estão fazendo algumas pesquisas avaliando o cenário e que estão muitos animados com alguns números.

Uma novidade é a pré-candidatura a deputado estadual do policial militar Thomás Vieira, mais conhecido como Soldado. Ele, a princípio viria candidato pelo PT, mas me parece que está indo para o PSOL. Bom destacar que a lei eleitoral permite aos militares definirem o partido que irão concorrer no período em que for aberto o registro das candidaturas, que começa a partir de 20 de julho e vai até o dia 15 de agosto.

Estamos muito próximos de conhecer quem de fato virá candidato. Até lá muita coisa pode acontecer e eu estarei aqui para contar.


 
 
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