30/04/2014 às 16h25min - Atualizada em 30/04/2014 às 16h25min

Valores Valorizados

“O amor e a rosa” “Uma música, uma promessa, uma lembrança.”

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“O amor e a Rosa”, uma música, uma promessa, uma lembrança”.

“Pequenas sementeiras de bondade geram abençoadas fontes de energia”.

            Fomos espectados por uma efetivação publicada no “Leopoldinense” – 1º  fevereiro de 2.014, página 2 – sob o título; “Custo e Valor”. Firmada por Ronald Alvim Barbosa, o nosso Dr Ronald, servo ativo do Bem.

Delicados pontos focalizados, iluminados e aromatizados pelas puras e suaves essências de uma rosa, que flutuava aos sons métricos de uma melodia, sem notas dissonantes.

            Entretanto, fatos, noticiários e manchetes sempre informando ocorrências que divergem das recomendadas por todos os poderes, onde predominam os elevados índices de homicídios, agressões aos cofres públicos, mensalões, cracolândias e outras, muitas outras que tanto aterrorizam, não deixam de predominar.

             Confessamos que neste mundo de agressões sentimos profundamente a elasticidade  das chamadas drogas. Houve, por elas, o lançamento do denominado “crack”, cujo efeito, elimina centenas e centenas de jovens, ao direito de seus encontros ou identificações com as próprias vidas, impedindo-os de perceberem o que é tirar de um grande patrimônio do coração que é a paz.

Esses jovens perdem o interesse pelos horizontes, não importando que sejam estreitos ou longos. Desaparece a vontade pelo Céu, onde cintilam estrelas, onde a Lua em sua majestosidade convoca-nos ao diálogo. Tornam-se inimigos da própria natureza. Protestam pelo alvorecer por seu antagonismo à noite que com ela não convivem. Apenas, apenas operações nas “latinhas”, depositárias dos grãos do grande mal. Não existe o mundo fora deles. Esqueceram Cristo.

O que deve surgir diante daqueles olhos?

Avaliam o autodilaceramento? Lamentamos, muito lamentamos.

            Na velocidade do tempo, somos despertados por outra, porém benéfica realidade. Aparece a compensação ditando que nem tudo está perdido, que temos muito em que acreditar.

            Dr Ronald levou-nos a meditar, a despertar para outra realidade, permitindo-nos certo alívio, para buscarmos outras paisagens, a própria linha do infinito.

Claridade de uma realidade positiva!

Realidade filtrada, onde uma fonte cristalina, permitiu-lhe a convocação de um passado sempre presente, elucidando um futuro sem trevas.

Reflexões silenciosas, purificadas pelo perfume de uma rosa, originária  de uma canção, regida por um maestro da vida, da existência conjugal. A personagem “mater”, sua musa inspiradora, recebida na pia batismal com a santa água e o nome de Julinda.

D. Julinda, quanta simpatia, quanto desempenho, quanta atividade social dedicada à comunidade leopoldinense.

Viva em nossa memória a imagem de uma casa à rua Manoel Lobato, na década de 80, ponto central de uma entidade, APAE, por ela dirigida. Contínua participação. Muita sensibilidade, muitos sorrisos, muita bondade, muita delicadeza, muita renúncia.

             Os fatos levantados pelo Dr. Ronald não são simples, superficiais. Sem encontrarmos restrições, as realidades para o triunfo glorioso do amor se dilatam, ampliando cenários, paisagens, filhas do cinzel da sensibilidade, da paz, do carinho, da afetuosidade; écos de uma voz interior. São valores proclamados como imprescindíveis, que arquitetam e solidificam o santuário do coração.

São substantivos e adjetivos alinhavados numa existência que ultrapassa cinqüenta anos de vida a dois, conjugados em uma.

Uma rosa, com pétalas vicejantes, desarquivada da memória, ao longo de meio século, umedecida pelas contínuas recordações de histórica oferenda, de uma lacrimosa permuta de olhares, de mãos trocando carícias ou quem sabe, fato não revelado, confirmadas em um beijo, purificado com os aromas da flor, louvado em uma canção. Os ventos de Copacabana recendiam, as brisas, continuamente, com suaves perfumes.

E eles ouviram seus ruídos em plena Rua Bolívar, esquina de Domingos Ferreira.

            Por que todo o sentimento de felicidade?

            Porque há 53 anos Julinda era agasalhada, premiada, por uma flor, acompanhada por um cartão, firmado por um ainda universitário, com a seguinte versão:

“uma música, uma promessa, uma lembrança”.

             Agora, em atendimento preciso aos calendários, no dia 15 de junho de 1953, após a saudação de dezenove mil trezentos e quarenta e cinco dias, uma nova rosa é oferecida, acompanhada por um cartão, onde estava registrado:

            “Ontem uma música, uma promessa, uma lembrança”.

            “Hoje, uma união... de cinqüenta anos”.

            Satisfação revelada, intensificação de indefinível alegria, sentimento de felicidade, absorvidos por Dr. Ronald, o Ronald universitário, ao retornar ao lar, na acomodação do Sol, à rua Carlos Luz, Leopoldina, quando ao agradecer, amparando a nova rosa acolhida, D. Julinda, a Julinda, mantinha às mãos dois cartões recebidos, o de ontem e o de hoje. Ele não ocultava seu contentamento inexcedível. Alvorada de intraduzíveis momentos. Alvorada de uma história que continua sem notas dissonantes enchendo de harmonia um ambiente, um lar.

Dr. Ronald, com a alta em ebulição, em chamas do amor enfatizou: “guardar em segredo um cartão por cinqüenta e três anos não teve custo, mas valor, e o valor não tem preço”.

Obrigado aos jovens Ronald e Julinda. Agradecimentos ao sempre jovem  casal Dr. Ronald e D. Julinda.

História, vamos assim denunciar, de uma ode belíssima, que não deve ser vítima do egoísmo humano e, sim, levada a educandários, para que essas sementes, do canteiro da realidade, sejam  irrigadas, cultivadas, transformadas em belos jardins.

Sem amor que sentido tem ou teria a vida?

Vocês nos transferiram respostas, exalçando belezas, valorizando osvalores.

 O que foi legado por vocês, repositório de adoráveis recordações, se transformou, também, em poderosa terapia.

Quem sabe não falte uma mensagem, um simples bilhete com três palavras, ou mesmo uma só pétala de rosa àqueles dependentes do “crack” para libertá-los desta prisão, para mudarem os pilares de suas vidas, para voltarem a ver, a ouvir, a caminhar, a encontrar Cristo e continuarem habitantes do mundo do amor.

Com Deus tudo é possível.

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