10/05/2014 às 11h41min - Atualizada em 10/05/2014 às 11h41min

ALTERNATIVAS AO DESMATAMENTO

ALTERNATIVAS AO DESMATAMENTO

Autor
O desmatamento é milenar.  Desde antes de cristo o homem utiliza madeira para diversos fins como na construção de casas, aquecimento, preparação de alimentos, transporte dentre diversos outros fins. Com o crescimento das populações dos continentes europeu e da América do Norte, as necessidades  destas comunidades e a sua qualidade de vida, passou-se  a explorar as florestas com maior intensidade e numa época onde a consciência ambiental era quase que inexistente pois existiam muitas matas e florestas pelo mundo e não se tinha  ideia da complexidade que é o meio ambiente.  Nesta época, enquanto os países mais desenvolvidos cortavam as árvores com maior intensidade para atender as necessidades de sua população, os países pobres e de baixo desenvolvimento ainda exploravam as suas florestas de forma muito incipiente.  Mas os tempos mudaram e com os avanços tecnológicos  começamos a perceber que os desmatamentos intensivos  causam sérios danos ao equilíbrio do planeta incluindo o ar, o solo e os animais.  Em algumas regiões do planeta, as florestas já haviam sido dizimadas para atender as necessidades humanas. Apesar do intenso desmatamento nas regiões  desenvolvidas,  grande parte das florestas permaneciam praticamente intactas nas regiões pobres e subdesenvolvidas do planeta. Com isto iniciou-se uma campanha mundial pela preservação das florestas do planeta que ainda restavam, ou seja, nas regiões menos desenvolvidas.  O problema é que os países que antes eram classificados como subdesenvolvidos  agora estão em pleno crescimento e a necessidade de madeira  se tornou mais intensa, pressionando as suas matas nativas.  Desta forma podemos concluir que os países desenvolvidos já desmataram o que tinham e o desmatamento moderno esta acontecendo nos países em desenvolvimento.  Este mesmo processo está acontecendo dentro do nosso país. As nossas regiões  desenvolvidas de Minas Gerais já realizaram grandes desmatamentos e a grande pressão sobre as matas esta nas regiões mais pobres como no Vale do Mucuri. O desmatamento intenso nesta região ocorre em nome da implantação das lavouras, pastagens e florestas, principalmente do eucalipto sob a justificativa do trabalho e da geração de renda de uma região carente de recursos financeiros. Regiões onde a política de desenvolvimento do setor agropecuário é baseada na expansão das áreas ocupadas e não no aumento da produtividade sem a necessidade de novos desmatamentos. Isto acontece pela falta de conhecimento tecnológico. O simples fato de autuar e punir o produtor rural destas regiões por conta do desmatamento não pode ser levada a ferro e fogo mas tendo ciência da sua condição social e econômica. O Estado deve ser responsável por uma política de desenvolvimento sustentável para estas regiões  demonstrando para o produtor rural que ele não precisa desmatar mais para produzir mais e que a floresta preservada gera muito mais ganhos econômicos  a longo prazo e de forma continua em relação ao desmatamento que gera um ganho imediato, mas que torna o produtor cada vez mais pobre ao longo do tempo. As regiões mais pobres necessitam de apoio do Estado para gerar renda  e riqueza baseado na preservação e não na destruição, mas para isto é preciso ter vontade política.
Link
Tags »
Leia Também »
Comentários »