O desmatamento é milenar.Desde antes de cristo o homem utiliza madeira para diversos fins como na construção de casas, aquecimento, preparação de alimentos, transporte dentre diversos outros fins. Com o crescimento das populações dos continentes europeu e da América do Norte, as necessidades destas comunidades e a sua qualidade de vida, passou-se a explorar as florestas com maior intensidade e numa época onde a consciência ambiental era quase que inexistente pois existiam muitas matas e florestas pelo mundo e não se tinhaideia da complexidade que é o meio ambiente. Nesta época, enquanto os países mais desenvolvidos cortavam as árvores com maior intensidade para atender as necessidades de sua população, os países pobres e de baixo desenvolvimento ainda exploravam as suas florestas de forma muito incipiente.Mas os tempos mudaram e com os avanços tecnológicoscomeçamos a perceber que os desmatamentos intensivoscausam sérios danos ao equilíbrio do planeta incluindo o ar, o solo e os animais. Em algumas regiões do planeta, as florestas já haviam sido dizimadas para atender as necessidades humanas. Apesar do intenso desmatamento nas regiõesdesenvolvidas,grande parte das florestas permaneciam praticamente intactas nas regiões pobres e subdesenvolvidas do planeta. Com isto iniciou-se uma campanha mundial pela preservação das florestas do planeta que ainda restavam, ou seja, nas regiões menos desenvolvidas.O problema é que os países que antes eram classificados como subdesenvolvidosagora estão em pleno crescimento e a necessidade de madeirase tornou mais intensa, pressionando as suas matas nativas.Desta forma podemos concluir que os países desenvolvidos já desmataram o que tinham e o desmatamento moderno esta acontecendo nos países em desenvolvimento.Este mesmo processo está acontecendo dentro do nosso país. As nossas regiõesdesenvolvidas de Minas Gerais já realizaram grandes desmatamentos e a grande pressão sobre as matas esta nas regiões mais pobres como no Vale do Mucuri. O desmatamento intenso nesta região ocorre em nome da implantação das lavouras, pastagens e florestas, principalmente do eucalipto sob a justificativa do trabalho e da geração de renda de uma região carente de recursos financeiros. Regiões onde a política de desenvolvimento do setor agropecuário é baseada na expansão das áreas ocupadas e não no aumento da produtividade sem a necessidade de novos desmatamentos. Isto acontece pela falta de conhecimento tecnológico. O simples fato de autuar e punir o produtor rural destas regiões por conta do desmatamento não pode ser levada a ferro e fogo mas tendo ciência da sua condição social e econômica. O Estado deve ser responsável por uma política de desenvolvimento sustentável para estas regiõesdemonstrando para o produtor rural que ele não precisa desmatar mais para produzir mais e que a floresta preservada gera muito mais ganhos econômicosa longo prazo e de forma continua em relação ao desmatamento que gera um ganho imediato, mas que torna o produtor cada vez mais pobre ao longo do tempo. As regiões mais pobres necessitam de apoio do Estado para gerar rendae riqueza baseado na preservação e não na destruição, mas para isto é preciso ter vontade política.