Não me leve em 2016

Naturalmente e tolamente criamos uma expectativa quase infantil de que iremos despertar no dia 1º de janeiro com todos os nossos problemas e dificuldades de relacionamentos superados. E, como num passe de mágica, tudo será maravilhoso!

Mas para este ano eu tenho um pedido diferente. Quero desejar a você e a mim também, claro, que aqueles que não nos amam não nos levem com eles em 2016. Parece estranho? Eu explico: temos a estranha e masoquista mania de falarmos muito de quem não gostamos. A pessoa está sempre em nossos lábios. Estamos conversando entre amigos e surge um comentário nosso lembrando o desafeto. E são postagens malcriadas ou irônicas no face, no “zap zap” e internet a fora. Estamos no trabalho, o chefe chega e nos pergunta alguma coisa e logo damos um jeito de citar algo infeliz sobre a pessoa detestada. Nada a ver, né? O chefe também acha isso. E por aí vai. Passamos o ano inteiro dedicando muito tempo da nossa vida carregando o fardo do desamor ou, em uma licença poética, o desamado!

Amor é bumerangue! A gente joga e nem sempre acerta o alvo, mas o certo é que ele sempre volta!Relacionamento requer simpatia, ou melhor, empatia. Como dizem nossos meninos: química! Não dá pra misturar alhos com bugalhos, joio e trigo. No caso destes últimos, eles são muito parecidos ao nascer. Então aquele que planta tem que esperar crescer um tantinho pra diferenciar um do outro pra só depois arrancar. E tem gente que, em sua fúria, acaba arrancando o trigo ao invés do joio...

Então é isso! Desejo que você não me leve com você em 2016! Sua vida será mais fácil e feliz se você não me levar em seus pensamentos, palavras ou ações. A não ser que o que você sente seja, no fundo, amor ou admiração. Nesse caso vale a pena analisar e descobrir que você quer continuar me levando, disfarçando de ódio o que o orgulho impede de demonstrar.

Em tempos de crise pelo mundo, será legal diminuir sua bagagem emocional.

Feliz 2016 sem desafetos na sua mala!