Queremos melhorar cada vez mais a nossa qualidade de vida. Estudamos, trabalhamos e acumulamos capital. Adquirimos casa, carro, celulares e outros, viajamos de férias, ou seja, somos picados pela mosca do consumismo. Mas, todas as nossas atitudes tem um preço. Não apenas o custo monetário mas um custo ambiental. Os nossos desejos de consumo contínuo contribuem, por menor que seja, no sutil equilíbrio dinâmico do planeta. O carro que compramos é feito de aço que foi processado em uma siderurgia, que consumiu grande quantidade de energia e despejando algumas toneladas de gases na atmosfera. A matéria prima do aço foi extraído de grandes minas onde são explorados os nossos minérios, utilizando grandes quantidades de combustível nas máquinas de mineração. A exploração dos metais gera resíduos que destroem extensas áreas de mata e contaminam cursos d`água. Os celulares que trocamos quase que todos os anos, os eletrodomésticos, as roupas, todos demandam matéria-prima extraída da natureza e energia para a sua produção, além da energia para o seu funcionamento. Trocamos o ventilador pelo ar condicionado para termos mais conforto, sabendo que gastaremos mais energia elétrica que, no Brasil, é gerada nas hidrelétricas que causam grandes impactos ambientais, ou nas termoelétricas que poluem a atmosfera pela queima de combustível ou na usina nuclear que gera resíduo altamente radioativo. Quanto melhor a renda de uma população, maior é a exploração dos recursos naturais e a demanda de energia para atender as suas necessidades. Mas, devemos pensar da seguinte forma: de que modo podemos contribuir para para a conservação do ambiente e dos recursos naturais sem comprometer a minha qualidade de vida? Em primeiro lugar consuma com responsabilidade! Compramos muitas coisas sem necessidade e que descartamos no lixo dia seguinte porque não nos agradou. Pense em todo o processo que envolveu a produção daquele bem que você acabou de descartar. O que foi retirado da natureza em relação a matéria prima e a energia para produzi-la. Economize energia! Reclamamos tanto das hidrelétricas de Belo Monte, Jirau, dentre outras por conta de seus impactos ambientais, mas não somos capazes de desligar uma lâmpada ou o ar condicionado em um cômodo que não tem ninguém. Tenha consciência das condições em que aquela energia elétrica foi gerada. Separe o lixo! Se você não ajudar na reciclagem mais matéria-prima deverá ser explorada na natureza para atender as suas próprias necessidades, acelerando a degradação da fonte de recursos. Economize água e evite o racionamento forçado! Lembre-se que as populações das cidades estão aumentando a cada ano assim como o consumo de água e as fontes de recursos hídricos diminuindo. Escolha bem o que você compra! Escolha produtos de empresas que possuem selos verdes e que tem compromisso ambiental, ou seja, que desenvolvem seus produtos com o mínimo de agressão ao meio ambiente. Vamos aprender a cobrar! Muitas cidades não tem estação de tratamento de esgoto ou aterro sanitário alegando falta de recursos. Conversa fiada. É falta de vontade política com os gestores dando preferência nos investimentos de maior visibilidade e que em nada contribui para o bem estar da população. A conservação do planeta passa também pela nossa mudança de atitude.
