11/05/2016 às 08h50min - Atualizada em 11/05/2016 às 08h50min
A manada e a poesia
Francisco Monteiro Junqueira
Na entrada da estrada, uma porteira quebrada.
Uma corda amarrada, uma poesia embrulhada.
Passa boi, passa manada: ninguém vê a poesia embrulhada
naquela porteira quebrada da entrada da estrada!
No estábulo que dá pra porteira, uma poesia não é nada.
Na porteira que dá pro estábulo, ela fica apenas pendurada.
Na tronqueira nenhum recado, apenas a cerca de arame farpado
é que consola o farrapo que me veste o amago do retrato borrado!