15/08/2014 às 08h38min - Atualizada em 15/08/2014 às 08h38min

Os vírus mortais

Pensamos que somos poderosos, mas não somos. Somos seres frágeis onde uma pequena queda, um pequeno impacto na cabeça ou uma leve corrida para um corpo que não está acostumado pode nos levar a morte. Também seres infinitamente pequenos e microscópicos são capazes de nos matar em poucos dias. Estamos continuamente expostos a vírus e bactérias, seres que não podemos ver, mas que, quando penetram no nosso corpo são capazes de grandes estragos. Vamos analisar a mais nova ameaça mundial: o vírus ebola. Este vírus é capaz de matar grande parte das pessoas que infecta causando hemorragias nos órgãos internos e por todo o corpo. Até o momento, em países africanos o índice de mortalidade está acima de 60% com mais de 900 mortos. O processo acontece de forma tão intensa que as células de defesa do nosso organismo não tem qualquer chance. Diferentemente do vírus da gripe que pode ser transmitido pelo ar, o vírus ebola é transmitido entre as pessoas pelos fluidos do corpo como o suor e a saliva. Como ainda não existe qualquer tipo de tratamento específico, a quarentena e o isolamento das pessoas infectadas são as melhores alternativas para se tentar controlar este vírus mantendo-o restrito em determinadas regiões. Enquanto isto, pesquisadores pelo mundo correm contra o tempo para descobrir e desenvolver medicamentos que tornem as pessoas mais resistentes ao vírus. Outro problema destes seres microscópicos é a sua grande capacidade de mutação fato que podem tornar os medicamentos ineficazes muito rapidamente obrigando os pesquisadores a estarem sempre desenvolvendo novos medicamentos. Desta forma, para se evitar o caos mundial com ocorreu com a gripe espanhola no inicio do século passado que matou entre 20 e 40 milhões de pessoas em todo o mundo, os centro de controle de doenças contagiosas deve manter a todo custo o vírus restrito no seu centro de origem pois quanto mais o vírus se espalha mais difícil se torna o seu controle.  Mas, alguns aspectos deste vírus facilitam o seu controle. Por exemplo, como as pessoas manifestam os sintomas rapidamente, podem ser imediatamente isoladas reduzindo os riscos de contaminação, diferente, por exemplo, do vírus da AIDS que pode demorar vários anos para se manifestar nas pessoas, tempo suficiente para a sua disseminação através das relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de drogas injetáveis dentre outras formas. O mundo aguarda apreensivo para saber se as técnicas de contenção do vírus estão sendo eficientes considerando a globalização atual com milhões de pessoas circulando ao redor do planeta todos os dias.   Assim como a gripe aviária e a gripe suína aterrorizaram o mundo nos últimos anos agora é a vez do ebola. Estes seres minúsculos são totalmente inertes no meio ambiente mas que quando penetram  nas nossas células passam a comandar o nosso aparelho genético obrigando as nossas células a produzir mais vírus destruindo-as em seguida, liberando bilhões de novos vírus no nosso corpo e no meio ambiente para que possam infectar mais células. Temos que levar estes seres invisíveis muito a sério.

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