10/07/2017 às 10h21min - Atualizada em 10/07/2017 às 10h21min

Os cinco princípios básicos da doutrina espirita

3 - Crença na Comunicabilidade entre “vivos e mortos” (parte 2)

Maurício Teixeira
Saudades... imorredouras... torturantes... excruciantes... saudades!
Somente quem tem, sabe o que é e o quanto machuca este sentimento que abrigamos em nosso íntimo, por alguém que está distante e, tanto mais machuca, quanto mais irreversível se apresenta este distanciamento.

E a causa mais comum de distância irreversível, chama-se morte!
Muito difícil exigir compreensão e equilíbrio de uma mãe ou um pai que vê o seu filho ser tragado por ela.
Difícil, também, a situação de uma esposa ou esposo, que se despede do outro, num esquife...

Óbvio que encontramos conforto na explicação religiosa de que eles estão bem, melhor do que quando estavam aqui, que um dia nos encontraremos no além túmulo...
Mas a saudade... ah! A saudade... somente quem sente...

Analisemos a seguinte questão: se uma única lápide, neste mundão de Deus, ousasse se “quebrar”... se um único “morto” se levantasse do túmulo e viesse confabular com seus amigos... quão importante seria este episódio, mesmo que isolado, certo?

Seria a prova cabal de que a morte foi vencida e que nossos amores não somente estão vivinhos “da Silva”, como podem comunicar-se conosco!
Mas isso é ridículo, não é mesmo?

Quando é que um morto voltará do túmulo para conversar com alguém? Morto é morto e pronto! Acabou... that’s over! Ended up!
É isso que ouvimos de todos os lados, na tentativa de exterminar nossa esperança e nossa fé no porvir.

Mas não nos atemorizemos!
Num postulado utilizado nas verdades científicas, para se demonstrar que uma situação não é regra, basta que um único fato contrário ocorra, não é assim?
Agora... escutem: isso já aconteceu!

Um “morto” já retornou do túmulo e conversou conosco. Claro que muito tempo já se passou desde este acontecimento glorioso, mais precisamente há 1984 anos atrás... mas sim, este fato já ocorreu...

Foi com Ele, Jesus, o Mestre que retornou da morte, Senhor do túmulo vazio, para trazer a mensagem da imortalidade e da comunicabilidade entre nós!  
Como pudemos nos esquecer disso?

Foi o próprio Senhor que disse: ” Vós podeis fazer tudo o que faço e até mais...” (Jo 14.12), então se aconteceu com Ele, claro que acontecerá com todos nós!
E o espiritismo vem trazer as comunicações das pessoas que nos são caras e que já nos precederam na grande jornada, as quais achávamos estarem irremediavelmente perdidas;
Não por outro motivo a doutrina Espírita é o Consolador prometido pelo Cristo!

Não queremos, com isso, incentivar uma corrida aos centros espíritas para receber mensagens deles, mesmo por que, segundo o médium Francisco Cândido Xavier: “o telefone toca de lá para cá! ”, ou seja, são os espíritos que decidem quem e quando comunicar e não nós.

Muito menos que busquemos embusteiros ou enganadores que, a peço de ouro, prometem esta comunicação, se aproveitando de nossa fragilidade para auferirem lucro financeiro.
Como já explicamos, o Espiritismo esclarece que todos somos espíritos em evolução e que nossa posição no plano espiritual após a morte do corpo físico será mais ou menos feliz acordo com nossa vivência diária, então a morte foi vencida e a eternidade, descortinada para nosso futuro.

Nossos amores estão vivos e continuando sua evolução, no mundo espiritual. Estejamos certos disso!
O que precisamos, agora, é fazer por merecer, por nossos atos cotidianos, o reencontro com eles, seja em sonho, em comunicação psicografada, psicofônica ou outra.
Para tal, a nossa reforma íntima e nossa molharia como seres humanos, é fator primordial! 

Neste desiderato, devemos sim, nos aproximar da doutrina Espírita, nos engajar nos trabalhos realizados pelo movimento espírita, fortalecer a nossa fé, transformar em auxílio ao próximo a dor que sentimos e como resultado, veremos o nosso próximo melhor e sentiremos os nossos amores mais felizes com nossa conduta e muito mais próximos de nós.
E aproveitando a proximidade que teremos com a doutrina espírita, estudar seus postulados, para que a certeza desta imortalidade e comunicabilidade seja tão forte em nós, que a própria comunicação do nosso amor não seja mais tão importante.
 

Mauricio Teixeira
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