05/01/2017 às 19h17min - Atualizada em 05/01/2017 às 19h17min

Não é o Rei Momo quem faz o carnaval

Luciano Baía Meneghite
Nos últimos anos, nos meses que antecedem o carnaval publicamos informações e sugestões sobre essa que é a maior manifestação cultural do Brasil. O objetivo era que Leopoldina despertasse para uma melhor organização da festa, gerando turismo, emprego e principalmente cultura.

Embora com uma história de grandes carnavais, nas últimas décadas, como um passista desengonçado, viemos dando um passo a frente e dois atrás. Muito se prometeu e pouco foram os avanços.

Apesar da boa teimosia de alguns, foram duas tentativas frustradas de efetivamente colocar uma liga carnavalesca para funcionar.   

 Com insistência em ver o carnaval como gasto, e não como investimento e a má aplicação do dinheiro (com raras exceções) pelos organizadores e poder público, vamos continuar com o “passinho pra frente... passinho pra trás...” ao som do Samba do Crioulo Doido.

Não se começa pelo fim, não se monta o palco sem antes estruturar o espetáculo.

  Hoje a formação dos blocos caricatos parece mesmo ser o melhor caminho. Estes não dependem de subvenção oficial, não exigem grandes estruturas, regras e burocracia e todos se divertem tão ou mais que em outros formatos.

Isso não quer dizer não cobrar do poder público suas obrigações com a cultura. Não podemos é ficar de braços cruzados esperando pelo Rei Momo.

Os que fazem a alegria são os bobos da corte.

Vamos fazer a alegria, mas sem ser bobos de verdade.
 
 
 


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