07/04/2017 às 08h54min - Atualizada em 07/04/2017 às 08h54min

COPASA tem interesse no sistema de tratamento de esgoto sanitário de Leopoldina

Abastecimento de água na cidade é debatido entre vereadores e representantes da empresa durante reunião na Câmara Municipal.

Durante reunião ordinária, realizada na terça-feira, 4 de abril, os vereadores receberam a visita de representantes da COPASA que foram convidados com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre serviços prestados ao município. Estiveram presentes Alexandre José Greco – Gerente Distrital e João Batista Barbosa Mendes – Encarregado de Sistema.

Oriundo de Pouso Alegre, o Gerente Distrital comentou sobre o desafio de prestar serviços em Leopoldina. Ele esclareceu que a empresa trabalha com distribuição de água e que vem mantendo satisfatoriamente o abastecimento com quantidade e qualidade. Em meio à possibilidade de escassez hídrica em diversas regiões do país, Alexandre José Greco garantiu que a situação na cidade não é confortável, mas que também ainda não atingiu nível de preocupação.

Atuando em Leopoldina desde maio de 2016, o gerente anunciou um projeto que prevê a retirada de água do Rio Angu para lançamento na cabeceira do Rio Pirapetinga, visando suprir um eventual período de estiagem. Ele informou que a empresa está contratando o projeto e buscará recursos para realização da obra já no próximo ano.

Alexandre Greco também divulgou que estão sendo feitos estudos para localizar pontos de água profunda no município para construção de poços artesianos. Segundo ele, a meta é aumentar a oferta de água, principalmente para a região do Bela Vista, bairro que vem demonstrando índices de crescimento. O gerente enfatizou que a empresa vem procurando realizar investimentos para garantir que a cidade não sofra com escassez de água.

Questionado sobre as obras feitas pela empresa e que deixam buracos nas vias públicas, Alexandre Greco explicou que a COPASA mantém contrato com uma empreiteira para prestar serviço de recomposição de piso. Disse que os buracos são feitos para consertar vazamentos e que a demanda desses serviços é maior do que a capacidade da empreiteira de recompor a via pública. O gerente comentou que a demora se deve ao fato de a empreiteira não possuir um grande número de funcionários e que os serviços são feitos paulatinamente. Ele isentou a empreiteira, afirmando que o problema não é causado por omissão.

Sobre as extensões de rede, João Batista Barbosa Mendes explicou que, no Bairro Caiçaras, a rede vai até o Posto Puris e no sentido do Bairro Fortaleza, a rede vai até o sítio da Brahma. Disse que foi solicitada a extensão de rede nesta região, mas há dificuldades para travessia e não se sabe se a comunidade está na área urbana. Alexandre Greco frisou que vai estudar a situação do Bairro Fortaleza, analisar as dificuldades da região e verificar se é viável ou não fazer um investimento no local.

Questionado sobre a viabilidade de construção de um reservatório maior para suprir a necessidade durante uma escassez hídrica, o gerente esclareceu que essa alternativa pode causar mais problemas ambientais, como o deslocamento das pessoas ribeirinhas. Disse que as características da região não são muito propícias, o que torna a obra mais complicada. Ele comentou que a vazão de água do rio Angu é muito boa, o que garantirá o abastecimento por mais 50 anos.

Alexandre Greco informou que Leopoldina possui cerca de 16.100 ligações em 18.000 domicílios, mas não soube precisar o faturamento real da empresa. Sobre o prazo de concessão de 30 anos, o gerente explicou que a empresa, quando se instala numa cidade, realiza investimentos para garantir resultados a longo prazo e, na renovação, há um acréscimo para continuar garantindo o abastecimento. Disse que pode parecer pouco, mas no início houve investimentos com a estação de tratamento de água que continua em atividade com uma vida útil de mais vinte anos.

Questionado sobre a possibilidade de assumir o abastecimento de água nos distritos, Alexandre Greco garantiu que existe essa possibilidade, mas explicou que a proposta deve partir do Poder Executivo, definindo se será um novo contrato ou um aditivo no já existente. Ele se colocou a disposição para participar de audiências públicas nos distritos para esclarecer os benefícios e os custos desse investimento, explicando que os moradores não pagarão pelas obras, mas apenas pelo consumo de água. O gerente considerou interessante saber a aceitação da população, pois a mudança pode gerar um desgaste. Ele frisou que pode haver reclamações, mas todos confiam no trabalho desenvolvido pela empresa.

Alexandre Greco anunciou que a COPASA está buscando ampliação de mercado e informou que a empresa tem interesse no sistema de esgotamento sanitário com coleta e tratamento do esgoto. Disse que é uma possibilidade a ser estudada a partir da manifestação do Poder Executivo.

Fonte: Câmara Municipal de Leopoldina


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