15/05/2017 às 08h13min - Atualizada em 15/05/2017 às 08h13min

Juarez ‘Espanhol’ Mesquita Alvarez

*02/05/1955  +11/05/2017

Por José Antonio Moura


Na noite de 11 de maio, por volta das 21:00 horas, quando recebi aquela ligação do filho Rodolfo dizendo que seu pai, Juarez Espanhol, acabara de falecer, meu coração parou por alguns segundos e quase não consegui respirar. É complicado, mas depois que perdermos alguém querido e de forma inesperada, sempre que o telefone toca à noite já esperamos uma má notícia. E não foi diferente, o meu grande amigo tinha partido. Não me lembro do que eu estava fazendo no exato momento que recebi a notícia, mas lembro do choro sentido de seu filho caçula quando me deu a triste notícia por telefone, e, neste momento palavras perdem o sentido diante das lágrimas contidas na saudade que irei sentir de sua ausência pela vida a fora.

Sentirei saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos juntos, dos sonhos que tivemos dos tantos risos e momentos que compartilhamos, e do companheirismo vivido intensamente, pois sempre tive a absoluta certeza que as nossas amizades continuariam para sempre. Um dia nossos filhos verão as nossas fotografias juntos, e com outros amigos, e perguntarão: ”Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E...isso vai doer tanto! Pois foram com meus amigos que vivi os melhores anos de minha vida!”. 
 
Nessa minha jornada já vi muita gente ir embora, mas nunca me acostumo da perda dos amigos. Peguei-me pensando em como você partiu, para não mais voltar, e também me lembrei do seu sorriso ingênuo e da maneira doce e amável como chamava a atenção de todos à sua volta. Deu-me uma saudade, um aperto no peito e escorreu uma lágrima, não, muitas, então desejei que tudo tivesse sido um sonho, e que nada fosse verdade!
 
Você foi mais que um amigo, foi um irmão, alguém em quem confiar e poder contar. Conheci muitas coisas lindas desde que nasci, mas nada se compara a amizade, amigos são presentes, e você foi um deles, foi preparado, enviado e recolhido com muito carinho.
Tínhamos muitos sonhos em comum daqueles áureos tempos que passamos férias juntos na minha antiga casa de Arraial do Cabo/RJ, local que você amava muito, e também por aqui mesmo em minha casa da chácara, mas agora eu sei que você não está mais aqui, mas sei que um dia nos veremos novamente.
 
Todos nós temos um propósito ao vir ao mundo, e o seu foi me mostrar que amizades verdadeiras existem e que a vida é incerta, e depois que você se foi tive ainda mais certeza que a vida é só um detalhe, e quando tudo acabar o que levaremos são os nossos momentos, aliás, obrigado por dividir os seus comigo.
 
Adeus, meu amigo Juarez Mesquita Alvarez ... o grande Juju Querido, pois era assim que eu o chamava.
 
Até um dia mais à frente ... seu eterno amigo, José Antonio Moura.


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