10/04/2018 às 15h33min - Atualizada em 10/04/2018 às 15h33min

Identificado o autor do mural no antigo Centro de Treinamento de Leopoldina

Outros dois murais foram pintados pelo mesmo autor em paredes internas da antiga Escola Parque, hoje Cefet.

Edição: Luiz Otávio Meneghite
Mural no antigo Centro de Treinamento de Professores Rurais (Foto de Maria da Glória Costa Reis)
Uma matéria publicada no Jornal Leopoldinense em suas versões online e impressa sob o título> ‘Pintura numa das paredes do antigo Centro de Treinamento desperta curiosidade’ (Veja no link> https://leopoldinense.com.br/noticia/13525/pintura-numa-das-paredes-do-antigo-centro-de-treinamento-desperta-curiosidade ) foi lida por milhares de pessoas e uma delas entrou em contato com a redação para dar informações complementares sobre o assunto.

Trata-se de Jussara Reis, Secretária do Departamento de Formação Geral do Cefet-MG Unidade Leopoldina, leitora assídua do jornal Leopoldinense, assim se expressou: ao receber e ler a edição do Leopoldinense aqui no CEFET, fiquei feliz em saber que alguém se interessou pela autoria do mural existente no antigo IDAL.  Vou relatar o que sei e presenciei. Como muitas pessoas devem desconhecer, em nossa escola, no CEFET-MG/Campus Leopoldina, temos dois murais também. Eles estão localizados no que hoje chamamos de prédio 1 (antigo prédio escolar da Escola Parque). Um está na parede que dá acesso aos banheiros do hall do auditório (térreo) e o segundo na parede do hall do segundo andar. Na gestão do Prof. Décio de Barros, atuei na Diretoria do Departamento de Administração e observamos que os murais precisavam de uma restauração e que não podíamos deixar aquela obra de arte se perder.  Em contato com a artista plástica Márcia Monteiro tratamos de fazer a restauração. Foi quando ela nos disse que outro mural com as mesmas características estava no antigo IDAL. Visitamos o local e constatamos a semelhança nos traços do artista. Não sei mais detalhes sobre o autor. Os murais do Campus Leopoldina estão com data de 1959. A restauração terminou na gestão do Prof. Magno Ernany Barbosa. Então, segundo informações repassadas por Márcia Monteiro, tanto os murais do CEFET-MG/Campus Leopoldina como os do antigo IDAL são de autoria de Luiz Erasmo de Moreira”, revelou Jussara.

As fotos que ilustram esta matéria foram tiradas pelo repórter fotográfico do jornal Leopoldinense, João Gabriel Baia Meneghite, com autorização do atual diretor do CEFET-MG/Campus Leopoldina, Prof. Douglas Martins Vieira da Silva.

Mural do 1º andar do Cefet

Mural do 2º andar do Cefet

Autor era arquiteto e fazia pinturas abstratas
“Após se formar, como lembra a mulher, a engenheira civil Natsuka Kotsugai, ele construiu algumas escolas no interior de Minas Gerais”.

Edição> Luiz Otávio Meneghite

Num segundo contato com a redação do jornal Leopoldinense, Jussara Reis encaminhou um obituário assinado por Estêvão Bertoni, publicado no jornal Folha de São Paulo em sua edição de 1º de maio de 2011, na seção Cotidiano, sob o título ‘O arquiteto, o violino e os quadros’.
 
De acordo com a publicação, Luiz Erasmo de Moreira nasceu em 1934 e faleceu em 2011, teve quatro filhos, dois de cada casamento. Todos eles, para seu orgulho, são engenheiros eletrônicos pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José dos Campos, no interior de SP. A família até brinca que é a que mais membros teve na instituição, já que um irmão de Luiz também passou por lá. Ele, pelo contrário, formou-se nos anos 50, em arquitetura, no Rio de Janeiro. Filho de educadores, Luiz nasceu em Joinville (SC), mas se mudou pequeno para o Rio. Após se formar, como lembra a mulher, a engenheira civil Natsuka Kotsugai, ele construiu algumas escolas no interior de Minas Gerais. Em 1960, mudou-se para São José dos Campos. Trabalhou por um tempo na TV Cultura, na capital, onde foi responsável por algumas obras. Passou também pelo Ministério da Educação, em Brasília, na década de 70. Em São José, onde morou até o fim da vida, foi funcionário do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e lá se aposentou. Boa parte das obras do instituto são suas, conta a família.
 
Apaixonado por música, tocava violino e, na juventude, chegou a fazer parte de um quarteto de cordas. Os filhos herdaram dele a paixão: dois aprenderam piano, um violino e o outro violoncelo. Introvertido e sério, também gostava de fazer pinturas abstratas. Expôs e vendeu alguns quadros. Em dezembro último, começou a sentir dores nas costas e acabou descobrindo um câncer. Morreu no domingo passado, aos 77 anos, devido à doença. Teve cinco netos -uma delas toca piano.

O Arquiteto Luiz Moreira projetou os prédios das escolas do projeto piloto da Campanha de  Erradicação do Analfabetismo do governo JK
 
Para refrescar a memória
A construção do Centro de Treinamento e da Escola Parque em Leopoldina
A edificação foi construída no final da década de 1950, quase simultaneamente, com a Escola Parque, hoje Cefet-Centro Federal de Educação Tecnológica.

Edição> Luiz Otávio Meneghite

Uma leitora do Jornal Leopoldinense envia mensagem à redação, com foto anexada, na tentativa de identificar o autor da pintura existente numa das paredes internas do antigo CTPR-Centro de Treinamento de Professores Rurais, localizado no bairro Fortaleza. A edificação foi construída no final da década de 1950, quase simultaneamente, com a Escola Parque, hoje Cefet-Centro Federal de Educação Tecnológica. Com a extinção do Centro de Treinamento de Professores Rurais, no local já funcionou o IDAL-Instituto de Desenvolvimento do Adolescente Leopoldinense, projeto educacional comandado pela APIL-Associação das Pioneiras de Leopoldina. Mais tarde, no mesmo local funcionou a APAC-Associação de Proteção e Assistência ao Condenado de Leopoldina, que foi extinta por não conseguir manter o número mínimo de apenados exigidos pelo regulamento vigente. O local tem uma área de 10 mil metros quadrados e pertence ao Patrimônio da União. Ao lado, em outra área também de 10 mil metros quadrados pertencente ao Patrimônio da União, funcionou o horto florestal que produzia mudas de árvores sob responsabilidade do IBDF-Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. Quem tiver qualquer tipo de informação a respeito pode entrar em contato com o jornal Leopoldinense através dos e-mail’s>[email protected]/ [email protected] ou [email protected] e ainda pelo WhastApp (32) 9-8868-7125


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