16/05/2018 às 20h19min - Atualizada em 16/05/2018 às 20h19min

‘Bolinha’ é condenado a 34 anos de prisão

Ele foi autor de um crime bárbaro que resultou na morte de uma criança de quatro anos em 2015.

João Gabriel Baia Meneghite
O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais realizou nesta quarta-feira, 16 de maio, no Fórum Dr. José Gomes Domingues, da Comarca de Leopoldina, o julgamento de José Carlos da Silva Sabino, de 34 anos, conhecido como ‘Bolinha’, autor de um crime bárbaro que resultou na morte de uma criança de quatro anos em 2015.

A sessão foi fechada ao público e o caso correu em segredo de justiça, situação comum em processos judiciais quando há risco de expor informações privadas, principalmente quando envolve crianças e adolescentes.

Presidiu a sessão a Juíza Dra. Flávia de Vasconcelos Araújo e atuou na acusação a Promotora Dra. Lúcia Helena Dantas da Costa. Na defesa do acusado atuou o advogado Dr. André Ricardo Néri, da Defensoria Pública. O acusado foi condenado a 22 anos de prisão pelo crime de homicídio e 12 anos pelo crime de estrupo de vulnerável, totalizando 34 anos de prisão em regime fechado, sendo negado o direito de recorrer em liberdade.



Relembre o caso:

Uma criança de quatro anos foi encontrada morta na manhã de sábado, 26 de setembro de 2015, na rua Dr. José de Melo Lima Júnior, bairro Popular, defronte à BR166, em Leopoldina.  Érica Resende Simião de Oliveira, iria completar cinco anos no dia 04 de outubro de 2015. Ela foi encontrada pela Polícia Militar e foi retirada do local onde estava com auxílio de equipes do SAMU, Corpo de Bombeiros e da perícia da Polícia Civil, com diversas escoriações pelo corpo, com mato na boca e sinais de violência sexual. Após o trabalho da perícia, o corpo foi liberado para o IML – Instituto Médico Legal, de Leopoldina.

Na ocasião, em entrevista ao jornal Leopoldinense, a mãe, Barbara Resende, comentou que chegou em sua casa por volta das dez horas da noite e foi deitar com seus filhos. “Quando acordei pela manhã só estavam os meus outros dois filhos. Eu perguntei:  Keka, cadê a sua irmã? - O ‘Bolinha’ pegou ela mãe! Respondeu a irmã mais velha”, relatou.

Durante a investigação a Polícia Civil realizou uma busca na casa de José Carlos da Silva Sabino, o ‘Bolinha’, que era conhecido da família da menina, no bairro Limoeiro, onde foi encontrada uma bermuda com manchas de sangue, que foram encaminhadas para exames de confrontação de DNA.

O suspeito foragido teria sido visto nas imediações da antiga pista de motocross, próximo à BR116, entre os morros da UNIPAC e a região do Limoeiro. Estradas vicinais e florestas de eucalipto foram vasculhadas por terra, com auxílio de cães farejadores e pelo ar, com uso de helicóptero da Polícia Militar. Fotos de ‘Bolinha caíram nas redes sociais para facilitar a busca.

A sua prisão foi anunciada na manhã do dia 29 de setembro de 2015, quando foi visto por um sitiante que o reconheceu e ligou para a Polícia. Inicialmente ele foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Cataguases, para evitar o movimento organizado por moradores de Leopoldina, que pediam justiça e foram em manifestação para a frente da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Leopoldina. O receio era que ‘Bolinha fosse linchado. Fragilizado por estar há vários dias sem se alimentar, ele não teve condições de prestar depoimento em Cataguases e foi transferido para Juiz de Fora onde recebeu atendimento médico, para em seguida prestar depoimento.
 
 


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