17/08/2018 às 09h47min - Atualizada em 18/08/2018 às 13h49min

José Ferraz critica Administração Municipal e justifica voto contrário à suplementação

O parlamentar tem se notabilizado por pronunciamentos críticos em relação ao governo municipal, acusando-o de não dar transparência às ações governamentais.

Vereador José Ferraa Rorigues (Reprodução - Câmara Municipal)
Eleito para o seu terceiro mandato, o vereador José Ferraz Rodrigues tem utilizado com frequência o expediente de Oradores Inscritos durante as reuniões ordinárias da Câmara Municipal para tratar de assuntos considerados polêmicos. De forma corajosa e independente, o vereador formula diversos questionamentos à Administração Municipal, colocando em dúvida a competência do atual gestor municipal. “É um mau administrador”, reitera insistentemente.
 
O parlamentar tem se notabilizado por pronunciamentos críticos em relação ao governo municipal, acusando-o de não dar transparência às ações governamentais. “Quanto custou a obra da Praça Félix Martins?”, esse é um questionamento repetido enfaticamente pelo vereador para demonstrar que falta clareza nas ações do atual governo municipal.
 
Diante de situações consideradas polêmicas, José Ferraz Rodrigues não se esconde atrás da cadeira de vereador e exerce o seu direito de livre expressão. Essa postura também foi adotada diante do Projeto de Lei nº 48/2018 que solicitava abertura de Créditos Suplementares no Orçamento Municipal de 2018 até o limite de 6% e que acabou sendo rejeitado.
 
Ao justificar seu posicionamento contrário ao projeto, José Ferraz Rodrigues defendeu que não fosse aprovado nenhum índice de suplementação solicitado pelo governo. Segundo ele, a administração não tem o hábito de prestar contas de suas ações e, por isso, não tem credibilidade para solicitar autorização para remanejamento de recursos no Orçamento Municipal.
 
O vereador esclareceu que, apesar de ser contrário a qualquer índice de suplementação, acabou sendo convencido pelos companheiros de bancada a votar favorável a 1% e 1,5%, mas o impasse acabou provocando a rejeição do projeto original.
 
“Pessoas honestas prestam contas, principalmente dos recursos públicos”, afirmou o vereador, salientando que o Executivo não foi claro ao justificar o pedido de suplementação quanto à utilização dos recursos. “Em caso de pedidos de suplementação, é preciso que as informações sejam corretas e transparentes, e que os respectivos documentos sejam anexados ao projeto para evitar problemas posteriormente”, comentou.
 
José Ferraz Rodrigues acredita que a aprovação do pedido de suplementação seria validar a incompetência do governo. Ele respaldou seu ponto de vista ao listar obras cujos prazos de execução não são respeitados, como as unidades de saúde de Ribeiro Junqueira, Tebas e Abaíba. O parlamentar reclamou da ausência de placas informativas sobre as obras, identificando a empresa vencedora da licitação e os respectivos recursos. “Visitei o PSF de Tebas e não havia placas informando sobre a segunda etapa das obras”.
 
O vereador comentou a falta de responsabilidade do governo com boa parcela da população, principalmente os cidadãos que foram agraciados com unidades habitacionais nos bairros Pedro Britto e Popular, os quais ainda não receberam as escrituras de seus imóveis.
 
José Ferraz Rodrigues afirmou que tem procurado cumprir uma das funções do vereador que é fiscalizar os atos do Executivo, mesmo com dificuldades de acesso às informações e requerimentos que não são devidamente respondidos pelo governo. Ele reconheceu a importância do seu mandato, principalmente pela oportunidade de trazer à tona inverdades praticadas pelo atual gestor municipal. Em seus pronunciamentos, José Ferraz Rodrigues tem procurado esclarecer o “episódio das manilhas”, ocorrido em 1993. Passados 25 anos, o vereador tem utilizado o plenário da Câmara para mostrar que, naquela época, foi acusado injustamente de ter desviado 220 manilhas para sua propriedade rural, sem autorização do Executivo. Segundo ele, as manilhas seriam destinadas a diversas comunidades, como Carrapatos e Boa Sorte, mas foram recolhidas por ordem do então prefeito, José Roberto que iniciava seu primeiro mandato. José Ferraz salientou que esse episódio marcou profundamente sua vida e de sua família, mas agora está tendo a oportunidade de esclarecer os fatos.
 
 


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