19/10/2019 às 11h11min - Atualizada em 19/10/2019 às 11h11min

Cataguases concorre a título de Cidade Criativa pela Unesco

Grupo Energisa, sediado no município mineiro, patrocina o Polo Audiovisual da Zona da Mata há 10 anos

Estação Ferroviária de Cataguases
A Energisa sempre acreditou na cultura como papel transformador nas comunidades onde estão inseridas, por isso investe e apoia projetos para promoção da cultura e desenvolvimento econômico social dessas comunidades.

Em Cataguases, cidade sede do Grupo Energisa, não é diferente. A cidade está concorrendo com três capitais brasileiras para ingressar na Rede de Cidades Criativas da Unesco no segmento cinema. A candidatura é um reconhecimento da nova vocação audiovisual da região, retomada nos últimos anos pelo Polo Audiovisual da Zona da Mata, fundado há dez anos e patrocinado pelo Grupo Energisa. O Polo Audiovisual da Zona da Mata é o maior do interior do Brasil, somando 44 produções de 2008 a 2020 e com R$ 34,5 milhões em investimentos. O impacto econômico para a região soma R$ 71,5 milhões, incluindo a contratação de mais de 2,3 mil pessoas. O resultado será divulgado no fim deste mês de outubro.

O polo inclui uma agência de governança, uma espécie de film comission não governamental que realiza a articulação entre produtores e poder público, além de implementar cursos de qualificação profissional para trabalhadores técnicos e artísticos em parceria com universidades. Também são promovidas ações para difundir o cinema na comunidade, como a promoção de cineclubes em escolas públicas e a realização de festivais de cinema. As prefeituras, por sua vez, ajudam com suporte logístico para as gravações e incentivos tributários.

A região da Zona da Mata mineira oferece ainda diversas opções de cenários por conter áreas rurais, florestais e urbanas com arquitetura singular: Cataguases, por exemplo, reúne numerosas construções e paisagens em estilo modernista, das décadas de 1940 e 1950, apropriadas para filmagens de histórias de época. A cidade se prepara para ir além do chamado cinema de locação e já no próximo ano deve ser inaugurado um estúdio de 300 m².

Segundo o diretor-presidente do Polo, Cesar Piva, a ideia é ampliar o escopo de produções nos próximos anos. “A animação será o carro-chefe do próximo passo do polo por atrair um grande número de jovens talentos locais, dialogar com múltiplas plataformas – de games a comerciais – e por poder ser feita em rede, em parceria com outros pontos de produção”, afirma. Há previsão de crescimento da produção no Polo: se de 2008 a 2018 foram filmadas 27 grandes produções, com investimentos de R$ 14 milhões e R$ 29 milhões de impacto econômico local, mais 17 obras devem ser produzidas este ano e em 2020 com R$ 20,5 milhões investidos e retorno de R$ 42,5 milhões, de acordo com o Sebrae.

Recentemente, o Polo recebeu mais um grande apoio para expandir a produção audiovisual: em agosto deste ano, a Ancine lançou a segunda etapa do edital de fomento de R$ 8,75 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, com patrocínio da Energisa e apoio da Prefeitura Municipal de Cataguases. Na primeira etapa do edital, a Energisa investiu R$ 1,75 milhão por meio de patrocínio via lei de incentivos estadual.

Retomada de tradição cinematográfica

Com a consolidação do Polo Audiovisual da Zona da Mata, Cataguases retoma uma vocação que data de quase 100 anos atrás. Foi lá que se radicou o cineasta Humberto Mauro (1897-1983), um dos pioneiros do cinema brasileiro, que atuou dos anos 1920 até a década de 1970. O mineiro dirigiu mais de 300 filmes – entre curtas, médias e longas-metragens – e influenciou toda uma geração de cineastas: Glauber Rocha o considerava como “o fundador do cinema brasileiro e grande percursor do Cinema Novo”. Este ano, o documentário biográfico "Humberto Mauro", do diretor André Di Mauro, entrou na lista dos filmes brasileiros que concorreram a uma vaga do Oscar.

O apoio ao setor audiovisual na Zona da Mata da Energisa faz parte do projeto Rio Pomba Valley, que pretende criar um hub de economia criativa e inovação tecnológica na região, onde a empresa nasceu há 114 anos.  São três frentes indutoras: tecnologia, qualificação profissional e o audiovisual. A Energisa já possui uma fábrica de softwares, criada para atender a demandas de todas as unidades do Grupo, que funciona na Central de Serviços Energisa (CSE), o 5º maior centro de serviços compartilhados do Brasil. Atualmente, a companhia também está desenvolvendo um projeto de cidade inteligente em parceria com o poder público e outros indutores da cidade.

Alguns projetos e frentes de trabalho do Polo Audiovisual da Zona da Mata:

 §  Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual (APOLO): forma redes de parcerias entre ONGs, empresas, universidades e governos, além de ser responsável pela Film Comission, que tem como objetivo atrair produtoras

§  Termo de cooperação técnica com universidades para programas de extensão e plano de residências criativas e oficinas técnicas, como apoio às produções
 
§  PROAR: plataforma digital e online para a gestão de projetos, produções e formação de mão de obra
 
§  Núcleo Ver e Fazer: promove exibições públicas dos filmes produzidos no Polo, com mostras direcionadas a crianças e criação de cineclubes nas escolas e centros culturais de toda a região, além de fomentar as primeiras produções de talentos locais. Atualmente, há 24 cineclubes em escolas públicas de Cataguases. O edital Usina Criativa de Cinema revelou, em três anos, cerca de 300 jovens
 
§  Midiaparque: hub com estúdios e infraestrutura que será inaugurado em 2020
 
§  Arranjos para a atração de investidores e cooperação internacional
 
Sobre a Rede de Cidades Criativas da Unesco
 
A Rede de Cidades Criativas da Unesco reúne 180 municípios de 72 países e promove parcerias para desenvolver as indústrias criativas. Este ano, duas cidades brasileiras serão escolhidas para integrar esse grupo. Além de Cataguases, concorrem Belo Horizonte (no quesito gastronomia), Fortaleza (moda e design) e Aracaju (música). Os critérios para classificar as cidades foram a relação com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), ser referência em uma das áreas criativas, a relação com a história e patrimônio da cidade, a sinergia com outras áreas criativas, a participação de autoridades municipais, a viabilidade financeira e a capacidade do município em contribuir e se engajar com a rede mundial de cidades criativas. Cataguases foi a única a atingir a nota 10 em todos os quesitos.

Sobre a Energisa

Com 114 anos de história, o Grupo Energisa é o 5º maior em distribuição de energia elétrica. Uma das mais antigas empresas de capital aberto do Brasil a companhia controla 11 distribuidoras em Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Paraná, Rondônia e Acre.  O Grupo atende a 7,7 milhões de clientes (o que representa uma população atendida de quase 20 milhões de pessoas) em 862 municípios em todas as regiões do Brasil. Com receita líquida anual de R$ 15,8 bilhões (ano 2018), o grupo gera aproximadamente 14 mil empregos somente para colaboradores próprios.

Com a missão de transformar energia em conforto, desenvolvimento e oportunidades de forma sustentável, responsável e ética, a Energisa atua com um portfólio diversificado que engloba distribuição, geração, transmissão, serviços para o setor elétrico (Energisa Soluções), serviços especializados de Call Center (Multi Energisa), comercialização de energia (Energisa Comercializadora) e energias renováveis (Alsol).

Gerência de​ Comunicação e  Marketing da Energisa


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