25/02/2020 às 23h14min - Atualizada em 26/02/2020 às 13h37min

Blocos descem o morro e lotam a Praça do Urubu

Os blocos 'Bão Igual Bosta' e 'Pé de Cachorro', além da bateria do Bloco do Fajardo & Cia, fizeram a alegria da população no último dia de carnaval. Com o tempo praticamente chuvoso durante o feriado, "São Pedro deu trégua" nesta terça-feira, 25 de fevereiro. Com isso, os foliões saíram às ruas para assistirem os blocos descerem o morro do Alto dos Pirineus e Cohab Velha.

Conhecido como o berço do samba, o bairro Pirineus é protagonista há décadas do carnaval de Leopoldina. Lá nasceram e foram criados inúmeros músicos de qualidade, justificando o seu epíteto. Noca da Portela, por exemplo, nasceu no bairro, mudando-se ainda criança para o Rio de Janeiro, tornando-se mais tarde um dos cantores e compositores mais respeitados do Brasil.

Durante anos, com ou sem investimento no carnaval de Leopoldina, moradores dessa região, que são apaixonados pela maior festa popular de nosso país, não deixaram a "peteca cair" e promoveram a alegria da comunidade leopoldinense.

Um exemplo é o Bloco Bão Igual Bosta, que deu demonstrações de que é possível realizar um bom carnaval sem grandes investimentos. Com apoio de foliões e pequenas empresas, conseguiu colocar o seu bloco na rua, evidentemente com dificuldades, mas deixando o recado claro que é preciso dar mais importância ao nosso carnaval, que gera divisas para o município.

Com desfiles de bonecos gigantes, o 'Bão Igual Bosta' está presente no carnaval da cidade há 15 anos. Neste ano, saiu no sábado (22) e terça-feira (25). As concentrações ocorreram em diversos pontos dos bairros Cohab Velha e Pirineus, geralmente em estabelecimentos comerciais de preferência dos foliões. De lá eles desceram em sentido à Praça do Urubu, sendo recepcionados com aplausos pela população.

Outro bloco do bairro que surgiu há dois anos foi o 'Pé de Cachorro', cujos integrantes costumam ficar apenas concentrado na Rua Fernando Novais de Oliveira, no antigo bar da saudosa D. Ruth, onde é realizado uma batucada e reverenciado os sambas-enredos que marcaram época no Brasil e em Leopoldina. O nome 'Pé de Cachorro' faz referência a uma das expressões usadas pela matriarca da família Gama Andrade ao chamar muitos dos fregueses de seu bar.
 


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