Parece, mas não é piada. A história foi notícia na imprensa no início do século XX e está registrada no site da Fiocruz. Em 1902, uma epidemia de peste bubônica se alastrou no Rio de Janeiro e o sanitarista Oswaldo Cruz criou um agrupamento que percorria bairros da então Capital Federal espalhando raticida e removendo lixo. Eles também foram autorizados a pagar uma quantia em dinheiro por cada rato morto entregue pelos moradores.
A iniciativa, bem intencionada, acabou atraindo alguns espertalhões que se apresentavam como grandes caçadores de ratos, mas que com o tempo foram desmascarados como donos de verdadeiros criatórios de roedores.
Hoje vemos outros 171 se passando como heróis, vendendo ilusão de olho só no lucro. No fundo também não passam de criadores de ratos. Alguns são os próprios ratos. Que me desculpem os bichinhos pela comparação. Parecem aqueles ambulantes, tipo “O Homem da Cobra” que vira e mexe aparece em alguma praça da cidade fazendo mágica e vendendo cura pra tudo. Ou daqueles pregadores lunáticos que enxergam capeta e comunista até debaixo da cama.
O pior é que arrebanham muitos seguidores, gente pouco instruída, alienada ou mau caráter mesmo. São os palpiteiros de Facebook e WhatsApp. Irresponsáveis como o troço que colocaram na Presidência. Dizem saber a origem e a solução de tudo.
O Festival de Besteiras que Assola o País segue a todo vapor. Teorias conspiratórias, boatos, memes, vídeos editados sem nenhum fundamento são repetidos sem questionamentos. Parece que alguém já disse que se Sérgio Porto fosse vivo não daria conta de registrar tantas pérolas.
Taí a pandemia de Coronavírus. Não sou médico, nem cientista e óbvio, não tenho condições de opinar nem sobre unha encravada. E qualquer um que é leigo no assunto, mas tem um mínimo de bom senso, está se orientando pelo que diz a Ciência, a OMS, e demais organismos internacionais que defendem firmemente o isolamento total. Se eles estão errados, quem tá certo?