03/06/2020 às 10h48min - Atualizada em 03/06/2020 às 10h48min

Ely Rodrigues Netto

Por José Luiz Machado Rodrigues
Ely Rodrigues Neto (Foto: arquivo jornal Leopoldinense)
Ely Rodrigues Netto nasceu no Bairro da Boa Sorte a 28 de outubro de 1930. Era filho de Olyntho Gonçalves Netto e Mariana Rodrigues Netto. Pelo lado paterno seus avós eram João Ventura Gonçalves Neto e Elisa Martins Neto. Pelo lado materno era o primeiro neto de Antonio Augusto Rodrigues (Totônio) e Maria Antonia Oliveira Rodrigues (Mariquinhas).
 
Fez seus estudos do 1º ao 3º ano na Escola Rural Municipal da Boa Sorte, atual Escola Municipal Climene Godinho Netto, que vem a ser sua tia e primeira professora. Completou o primário no Grupo Escolar Ribeiro Junqueira. Fez o curso de comércio e preparação para concursos na Escola do saudoso Professor Haroldo José Bastos Freire.
 
Até a juventude Ely morou e, embora fisicamente frágil, trabalhou na lavoura, nos bairros da Boa Sorte e Onça, em terras dos seus avós maternos. Posteriormente mudou-se com a família para a cidade onde trabalhou como engraxate, motorista, comerciário, pequeno comerciante e servidor público municipal. Residiu por curto espaço de tempo em São João Del Rei (MG). Em 1966 prestou concurso para o ex-SAMDU e posteriormente para o INSS onde trabalhou até aposentar-se.
 
Foi fundador e presidente do diretório municipal do PMDB. Candidatou-se ao cargo de vice-prefeito. Elegeu-se vereador por duas legislaturas, com expressiva votação e exercendo os mandatos sempre com participação destacada e intransigente defesa da ética e do respeito pela coisa pública. Muito antes da preocupação da mídia com a preservação do meio ambiente, o vereador Ely fez diversas indicações com vistas à defesa da natureza, como a proibição do uso do cigarro nas escolas municipais e a melhor destinação do lixo recolhido da cidade. E também antes da mídia, lutou pela isenção de pagamento de passagens pelos idosos nos coletivos da cidade.
Por via de consequência desta sua maneira de agir, pela sua firmeza e reserva moral, sempre teve seu nome lembrado para integrar postos da administração municipal, que aceitava apenas quando considerava ser uma boa oportunidade para fazer um pouco mais para a sociedade.
 
Católico de fé inabalável, parcimonioso, modesto, sóbrio, austero e até intransigente com as coisas alheias, sempre esteve ligado aos movimentos sociais e religiosos que buscavam atender e valorizar os mais pobres. Era membro da Sociedade São Vicente de Paulo, Congregado Mariano e um dos fundadores do movimento Pequeninos de Jesus em Leopoldina que se dedica a apoiar o migrante que transita pela cidade. Em São João Del Rei participou do Movimento Comunitário Dom Bosco.
 
Apoiador de ideias voltadas para a melhoria cultural da sociedade, foi um dos fundadores e secretário da Lira Musical 1º de Maio de Leopoldina. Foi um dos fundadores do Jornal Equipe, de Leopoldina, cujo registro doou à Câmara de Vereadores e à Prefeitura da cidade para que servisse como Órgão Oficial do Município. Publicou o livro “A Casa do Vovô”, em 2010, contando um pouco da sua vida. Colaborou com inúmeros jornais e revistas e teve texto publicado no livro “Antologia Leopoldinense”.
 
Casou-se em primeiras núpcias com Therezinha Jesus Lisboa Netto, nascida em 09.03.29 e falecida em 19.07.94, com quem teve os filhos: Mariane (falecida), Olyntho Thadeu, Eliana, João Bosco, Helder Thiago e Ely Júnior. Além dos filhos, todos do primeiro casamento, Ely deixou a viúva Pompéia do Rosário Guimarães Netto, as noras Floripes, Zilda Maria e Daiana e seis netos.
 
Ely faleceu a 18 de agosto de 2013 em sua residência e foi sepultado no cemitério local.


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Saudade do meu Ely Rodrigues Netto


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