07/07/2020 às 18h40min - Atualizada em 07/07/2020 às 18h40min

Catálogo telefônico de Leopoldina contém erros, defeitos e omissões (Parte 2)

Nelson Vieira Filho (Dr. Nelsinho)
Fugindo de seu temperamento tranquilo, avesso a precipitações, um cidadão leopoldinense, uma das mais preciosas e raras reservas morais de nossa região, honrou-me com um telefonema no qual, chamando-me de senhor, se confessou feliz porque eu havia voltado a escrever em nosso prestigiado quinzenário jornalístico. Equivocando-se ao admitir meu retorno definitivo como cronista, ele foi generoso ao “encher a minha bola” quando me falou:  “o senhor sempre aborda temas de alto interesse comunitário”.

Tal eminência assim agiu afoitamente tão logo recebeu seu exemplar da edição 407 do Leopoldinense em que, para ocupar meu tempo diante da pandemia que me mantém em totalíssima quarentena doméstica, comentei sobre as deficiências do catálogo telefônico que a SED PUBLICIDADE edita sob o patrocínio de dezenas de empresas leopoldinenses.

Para incentivar-me, incensou-me com elogios que sei exagerados e optei por não lhe dizer que o texto por ele lido e apreciado sobre o Catálogo era apenas parcial e que a próxima edição publicará a parte complementar – e final – do assunto.

Quase que a seguir, outro leitor me contatou para dizer que iria pegar o jornal e enviar à Câmara de Vereadores, para “exigir” que seu presidente tome providências de que se julgue capaz para pressionar a editora do Catálogo a melhorar a qualidade de seu trabalho.

Faço os comentários acima e confesso que esperava que alguém se manifestasse por uma letra S (esse) que, em lapso confirmatório de “filho feio não tem pai”, apareceu impropriamente no texto anterior.

Alguém me sugeriu incentivar quem não tem mais telefone fixo a avisar à SED para a necessária supressão, mas como fazê-lo se tentativas junto à editora sugerem que ela não costuma atender telefonemas nem dar atenção a e-mail?

Tão graves quanto os erros no Catálogo apontados no texto anterior são os tamanhos das letras e dos algarismos que pretensamente dariam a seus usuários informações orientadoras para acionar o número almejado.

Basta que se compulse o Catálogo atual para se verificar que, salvo quem é jovem e tem invejável visão, ninguém consegue ler facilmente o número do telefone que se pretende localizar.

Os pequeninos caracteres utilizados na impressão de nomes e números -  que deve ser para gastar menos tinta, menos papel e, via de consequência, aumentar o lucro da empresa SED – leva à confusão visual o usuário do Catálogo, principalmente quanto aos algarismos que visam a informar o número do telefone.

Ouvi que há quem, por ter a visão cansada pelo excesso de tempo consumido em trabalhos que exigem responsável atenção ótica, tenha até que usar lupa para bem se informar.

Então, se providências forem tomadas pela ACIL e pelos anunciantes patrocinadores do Catálogo, faz-se mister que da reclamação junto à editora conste também a exigência de se aumentar o tamanho das letras e dos algarismos. Só com pressão financeira junto à editora é que se pode sonhar com êxito pró-usuários do Catálogo.

De propósito deixei para o finalzinho de meu escrito enfatizar a fantasia mental de que o próximo catálogo destinará um privilegiado espaço para informar os números de todos os serviços vitais que funcionam em nossa cidade, como os ligados à saúde e à segurança. Perguntar não ofende: “poder-se-ia considerar um crime de desinformação não se fornecer com utilíssimo destaque, em página específica, os números do Hospital, dos Bombeiros e das Polícias Civil e Militar? ”

Poder-se-á, sem dúvida, chegar ao objetivo colimado se se formalizarem rigorosas reclamações junto à editora SED e se houver, por parte dos anunciantes, negativa expressa de renovação do patrocínio se a SED não minorar seus excessivos equívocos.

Ao anunciante caberá avaliar a conveniência de pedir compromisso por escrito de que a SED revisará seu modo de trabalhar e que, além de retificar tantos erros quanto a nomes de logradouros, aumentará o tamanho dos números e das letras, tornando a consulta ao Catálogo menos sacrificante.

Não olvidemos que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Só com uma convicta e severa exigência por parte dos anunciantes, é que nós, que utilizamos o Catálogo, poderemos receber a utilíssima informação de que tanto necessitamos.

Confiemos estar certo o adágio português ao afirmar que “não há mal que sempre dure, não há bem que nunca se acabe. ”

Oremos!

Em 05.06.2020

Nelsinho
 
 
 


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