01/08/2014 às 15h40min - Atualizada em 01/08/2014 às 15h40min

Resultado de enquete feita pelo Jornal Leopoldinense

Você é a favor de demolir o antigo para dar lugar ao moderno?

Com origens que remontam à primeira metade do Século XIX, o município de Leopoldina teve sua emancipação política em 1854. Seu nome é uma homenagem à princesa Leopoldina de Bragança e Bourbon, filha do Imperador D. Pedro II. A cidade, à época do ciclo do café foi uma das mais importantes da antiga província de Minas Gerais e pouco daquela época se preservou, salvo alguns casarões localizados nas ruas Barão de Cotegipe, Doutor Custódio Junqueira, José Peres e Praça Felix Martins.

De lá para cá, a cidade e seus distritos se modificaram bastante, até mesmo Piacatuba, onde está localizado o maior sítio histórico e arquitetônico do município, a maior parte bem preservada.

Uma visita à seção 'Memória Leopoldinense'  encontrada no site deste jornal(www.leopoldinense.com.br), mostrará ao leitor através de fotografias, as transformações porque passaram nossa cidade de sua fundação até os dias atuais. Lá se poderá constatar como foram os prédios mais antigos, muitos que já foram demolidos para dar lugar a algumas construções modernas, o que não significa que por ser moderno seja de bom gosto. Muitas vezes, o que foi derrubado era mais bonito do que o que foi e está sendo ainda hoje demolido. Basta percorrer as ruas acima mencionadas para confirmar nossa afirmativa. Não se pode deixar de observar que existe certo radicalismo quanto a preservar o que é simplesmente velho, sem nada na história que justifique sua preservação. Um exemplo disso é a velha casa onde morou por alguns meses em Leopoldina o poeta Augusto dos Anjos. O que justificou a sua preservação foi exatamente o fato dele lá ter morado, senão, seria simplesmente uma casa velha corroída pelo tempo.

Existem na mesma rua, algumas construções do século XIX que ainda resistem de pé, sem nenhum valor histórico que justifique sua preservação e que podem acabar caindo sozinhas causando prejuízos materiais e colocando em risco a integridade de pessoas, enquanto outras, como a que hospedou o Imperador Pedro II foi totalmente alterada sem a preocupação de preservação da memória histórica.

Existem em Leopoldina edificações antigas que datam de longo tempo,  mas  nem por isso merecem entrar no rol das que devem ser preservadas. Por outro lado, aquilo que é moderno ou de acordo com o gosto moderno tem que ser admirado pela criatividade da arquitetura atual e daqui a alguns anos entrarão para a relação do que deve ser preservado

Demolir uma parede ou um prédio para dar lugar ao conforto e ao moderno nem sempre deve ser combatido com radicalismo preservacionista.

Leopoldina conta com atrativos culturais, naturais e arquitetônicos, como a Catedral de São Sebastião, o prédio do Ginásio, a Casa de Leitura Lya Botelho, o Museu Espaço dos Anjos, o Museu da Eletricidade, o reservatório da Usina Mauricio, o Morro do Cruzeiro, o casario antigo de Piacatuba e suas igrejas, a rua das Pedras, a Torre da Cruz Queimada e muito mais, que deve ser preservado justificadamente.

Ao submetermos à apreciação do leitor do Jornal Leopoldinense Online a enquete em tela,  tivemos a preocupação de saber o que pensa o cidadão a respeito do assunto e o resultado você vê abaixo:

 

Você é a favor de demolir o antigo para dar lugar ao moderno?

1º)Depende do caso

 71 votos

48,30%

2º)Só se não tiver recuperação

 24 votos

16,33%

3º)Sim

 23 votos

15,65%

4º)Não

 22 votos

14,97%

5º)Tanto faz

 07 votos

4,76%

Total de votos: 147

 


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