Doutor Noca da Portela, novo título para um baluarte da democracia

Seu nome foi aprovado, por unanimidade e aclamação para receber o título de Doutor Honoris Causa da UFRJ por suas contribuições às artes e à cultura brasileira.

O leopoldinense Osvaldo Alves Pereira, 87 anos, popularizado como Noca da Portela, é detentor dos títulos de comendador da ordem do Rio Branco, do Mérito Cultural do Ministério da Cultura e com a Medalha do Mérito Leopoldinense aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Leopoldina, por iniciativa dos então vereadores Iolanda Cangussú e José Dimas de Souza, atendendo sugestão do jornalista Luiz Otávio Meneghite.
 
Ele acaba de ter seu nome aprovado, por unanimidade e aclamação, para receber o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, por suas contribuições às artes e à cultura brasileira.
 
Em entrevista concedida à jornalista Lena Benz, na Rádio UFRJ, ele contou como tem produzido como nunca durante a pandemia, para superar a solidão do isolamento social, "essa prisão sem grades". A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, e a coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura, Tatiana Roque, falou sobre a estreita relação entre o cantor e compositor e a comunidade acadêmica, incluindo a participação no bloco de carnaval Minerva Assanhada.
 
Noca é autor de mais de 300 músicas, algumas feitas no âmbito de sua escola e para os blocos Barbas e Simpatia é Quase Amor. Outras foram gravadas por nomes consagrados da MPB como Paulinho da Viola, Seu Jorge, Beth Carvalho, Maria Bethânia. Entre os seus sucessos estão Caciqueando, É preciso muito amor, Mil Réis, Portela Querida, Peregrino e Virada. Essa última, imortalizada na voz de Beth Carvalho, foi feita em parceria com seu filho Noquinha e tornou-se um dos hinos do movimento Diretas Já!

Noca cantando uma de suas composições mais bonitas no "Samba na Gamboa"

 
Com informações da jornalista Lena Benz, na Rádio UFRJ